PUBLICIDADE
Publicidade
PUBLICIDADE
ARMAZÉM PARAIBA
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
Falar no celular enquanto a bateria carrega é realmente perigoso? – Especialista explica
18/11/2021 05:55 em Tecnologia

Especialista explica

Segundo o professor de Engenharia Elétrica pela Universidade Estadual de Londrina (UEL) e mestre em Engenharia Elétrica pela Universidade de São Paulo (USP) Décio Gazzoni , as chances de acontecer um acidente nesta situação são muito baixas.

“Caso o carregador seja projetado de acordo com todas as normas técnicas relevantes, com relação ao isolamento da rede elétrica, e se o usuário não cometer nenhum ato de negligência, a chance de acontecer um acidente é muito baixa”, esclarece o especialista. 

Usar o celular enquanto carrega é perigoso?

Entre os atos de negligência, estão atitudes como abrir o carregador sem o conhecimento técnico necessário, o que pode acabar violando alguma das medidas de isolamento vindas de fábrica, mergulhar na água ou deixá-lo carregando muito próximo à água ou usar um carregador que não seja original (veja mais abaixo).

Quando acontece algo fora do comum, o maior risco é que ocorra uma descarga elétrica, que pode atingir a pessoa que tentar usá-lo. Já em contato com a água, por exemplo, o problema pode ser mais sério, com as chances de acontecer uma explosão ou um incêndio.

Uso de carregadores genéricos

Usar carregadores não-oficiais pode comprometer a segurança do usuário. “Até onde eu sei, todos os carregadores originais dos aparelhos de celular de marcas conhecidas seguem as normas exigidas. 

Os problemas surgem justamente nas exceções que eu listei; em particular, o grande risco é a pessoa comprar um carregador não-original de baixo custo, que não tenha os isolamentos adequados”, pontua o professor.

“Vale lembrar que o custo justamente é baixo porque não é barato seguir todas as orientações das normas técnicas”.

Usar fone de ouvido no celular piora a situação?

Há uma ideia de que usar fones de ouvido no celular enquanto ele carrega traria mais riscos de acidente, pelo fato de o acessório se tornar um “condutor” do choque elétrico.

O professor comenta que “depende da construção do fone de ouvido, e se pode haver partes metálicas em contato com com o corpo. Porém, o perigo não é o uso ou não do fone de ouvido, e sim o uso de carregadores de baixa qualidade ou PCs com problema de aterramento”.

De fato, segundo o especialista, o equipamento pode ser um facilitador, sim, para um acidente. “Mas se for usado um carregador de boa qualidade, a chance de tomar um choque é muito baixa seja no uso normal ou com fone de ouvido”.

Uso de cabos desgastados ou com fios aparentes?

Se você também tem preguiça ou não vê necessidade de comprar um cabo novo quando o seu estiver quebrado/danificado, aí vai o alerta: se um carregador não tem a devida isolação, se cria uma “oportunidade de choque ainda mais eficiente e potencialmente letal que a carcaça do celular”, diz o especialista.

Em condições normais, a tensão de alimentação de um celular é tipicamente de 5 V (o que é considerada uma tensão baixa) e, portanto, com risco nulo de choque. Mas os riscos aumentam quando, seja usando um cabo antigo ou falsificado, o isolamento não é seguro.

Ou seja, a orientação é substituir o cabo sempre que ele apresentar fios desencapados ou desgaste. “Assim como no caso de carregadores de baixa qualidade, o barato pode acabar saindo muito caro”.

Carregar no computador também pede cuidados

Vale lembrar que carregar o aparelho no computador também pode representar problema de segurança. “Caso a fonte de alimentação do computador seja de muito baixo custo e não siga as normas ou se houver algum problema no aterramento, pode haver acidente”, detalha o professor.

Celular ou baterias falsificados

Por fim, usar um celular falsificado ou baterias piratas também coloca o usuário em risco por possivelmente não ter o isolamento necessário.

Ou seja, sempre que houver um problema no carregador, como desgaste ou não funcionamento, ainda que original, é importante levá-lo à assistência técnica autorizada e, caso seja necessário, comprar um novo do fabricante.

Fonte: Meio Norte

COMENTÁRIOS