Uma fiscalização realizada pela Subsecretaria de Inspeção do Trabalho encontrou 18 pessoas trabalhando em situações precárias e análogas à escravidão. Os flagrantes foram realizados nos municípios de Jatobá e Castelo do Piauí, em locais onde acontece a extração da cera da carnaúba.
Um adolescente também estava entre o grupo de trabalhadores resgatado.
O Chefe de fiscalização, Guilherme Serqueira, destaca que os trabalhadores viviam em condições degradantes, o que configura o trabalho análogo à escravidão. “Atualmente, não encontramos mais aquela condição clássica de restrição de liberdade. O que encontramos muito são as condições degradantes, que consideramos análogas às condições de escravo. No caso dessa fiscalização os trabalhadores não tinham alojamento, não tinham local para preparo e realização de refeições, a água não era potável e vinha de fonte não confiável, os trabalhadores estavam arranchados, dormindo em redes em árvores. A soma de todas essas condições de saúde e segurança acabam configurando trabalho degradante”, explicou.
Os trabalhadores resgatados também não tinham registro formal, o que os impedia de ter acesso à benefícios como seguro desemprego, FGTS e outras verbas trabalhistas.