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Depois de 22 meses, Campeonato Brasileiro volta a ter público nos estádios
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Publicado em 04/10/2021

Foto: Rafael Ribeiro/CBF 

Mesmo com chuva forte em parte do jogo neste domingo (3), os flamenguistas viram o que esperavam: mais uma vitória da equipe. Os torcedores da Chapecoense aproveitaram a chance para protestar pela situação do time.

No sábado (2), os atleticanos aplaudiram seus jogadores após o 1 a 0 sobre o Internacional, uma forma de deixarem para trás a eliminação na Copa Libertadores.

Depois de 22 meses, o público esteve presente nos estádios em jogos do Campeonato Brasileiro. Antes deste final de semana, isso havia acontecido pela última vez em 8 de dezembro de 2019, na rodada final do torneio daquele ano.

Por causa da pandemia da Covid-19, a edição de 2020 começou em agosto e terminou em fevereiro de 2021. Sempre sem a presença de torcida.

Neste domingo, o São Paulo visitou a lanterna Chapecoense em confronto que o técnico Hernán Crespo disse que seu time tinha a obrigação de conquistar os três pontos. Ficou no 1 a 1.

Não foi bom o bastante para os espectadores presentes na Arena Condá, que protestaram no intervalo contra o futebol do time catarinense no campeonato.

Para sorte dos jogadores da casa e também para os do São Paulo (pela pressão que poderia vir dos rivais), foram poucos. A Chapecoense tinha liberação para receber 8.035 pessoas, 40% da capacidade do seu estádio. Compareceram apenas 973. Houve também a presença de um cachorro, mas ele não entrou no borderô oficial da partida.

Quando o protesto da torcida foi mais visível, o São Paulo vencia por 1 a 0, gol de Rigoni. Mike empatou no 2º tempo, resultado que manteve a Chapecoense em último e o clube do Morumbi a cinco pontos da zona de rebaixamento.

Foi a única equipe paulista a atuar diante de público. O confronto entre Santos e Fluminense acabou adiado porque, em São Paulo, torcedores estarão liberados apenas a partir desta segunda-feira (4). O empate em 2 a 2 entre Red Bull e Corinthians, no sábado, foi com portões fechados.

O mesmo aconteceu com o Palmeiras, que se igualou em 1 a 1 ao Juventude, no Allianz Parque, neste domingo. Guilherme Castilho abriu o placar para os visitantes e Danilo marcou para os donos da casa.

O placar ampliou para dez pontos a vantagem do Atlético-MG na liderança do Brasileiro sobre a equipe alviverde, 2º colocada: 49 a 39.

Palmeiras e Red Bull decidiram jogar por causa do calendário. O primeiro faz a final da Copa Libertadores contra o Flamengo em 27 de novembro. Sete dias antes, a equipe de Bragança decide a Copa Sul-Americana diante do Athletico.

A partida entre Bahia e Ceará, na Arena Fonte Nova, também foi adiada porque o governo baiano não deu autorização para a presença de torcedores. Isso por causa do alto número de casos de Covid-19 no estado.

O Flamengo, que desde o ano passado argumentava pela liberação de público nos estádios, recebeu 7.315 pessoas no Maracanã e venceu o Athletico por 3 a 0 com facilidade, gols de Éverton Ribeiro, Bruno Henrique e Andreas Pereira. Todos no 1º tempo.

Havia um acordo entre 19 dos 20 times da Série A (menos o Flamengo) para que as partidas acontecessem com torcida apenas quando todas as equipes tivessem autorização de suas prefeituras ou governos estaduais para tal.

Alguns já tiveram torcedores em jogos internacionais. Como foi o caso de Flamengo e Atlético na Copa Libertadores. Na semifinal do torneio, o Palmeiras recebeu os mineiros com estádio vazio, mas quando foi a Belo Horizonte, o adversário tinha público a seu favor.

Em reunião do Conselho Técnico da CBF na última terça-feira (28), 18 clubes aprovaram a volta das torcidas. Apenas o Athetico votou contra.

O Flamengo não participou da reunião e divulgou comunicado dizendo que "não cabe aos clubes coletivamente ou à CBF deliberar sobre o retorno do público aos estádios".

A vitória por 2 a 0 do América-MG sobre o Cuiabá e por 3 a 0 do Atlético-GO sobre o Fortaleza (ambas aconteceram no sábado) também tiveram espectadores. O mesmo para Grêmio e Sport, não encerrado até o fechamento até o momento.

 

Fonte: Folhapress 

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