O diretor-presidente da Agência Nacional de Saúde Suplementar, Paulo Roberto Rebello Filho, afirmou, na reunião desta quarta-feira (06) da CPI da Pandemia, que soube de irregularidades da operadora de planos de saúde Prevent Senior a partir das investigações da Comissão.
A empresa é acusada de exigir que profissionais receitassem medicamentos com eficácia não comprovada para o tratamento da covid e de não informar os pacientes.
Os senadores questionaram Paulo Rebello sobre quais providências foram tomadas pela ANS a partir da descoberta das denúncias. Ele respondeu que, em setembro, a Agência fez uma diligência na operadora, na qual foram identificados indícios de irregularidades. Segundo ele, a operadora está sendo investigada pela ANS.
Paulo Rebello afirmou que, a partir do dia 14 deste mês, a ANS vai enviar um diretor técnico para acompanhar as atividades da Prevent Senior. O depoente também garantiu que a Agência está investigando a conduta da operadora, mas com o cuidado de não prejudicar os quase 500 mil beneficiários. Para ele, não existe o objetivo de tirar a operadora do mercado neste momento.
As cobranças da CPI sobre a ANS ficaram mais intensas após o depoimento da advogada Bruna Morato, representante de um grupo de médicos que trabalha na Prevent Senior.
Antes do depoimento de Paulo Rebello, o relator Renan Calheiros anunciou que mais quatro pessoas passam a ser investigadas pela Comissão Parlamentar de Inquérito: Marcos Tolentino da Silva, Danilo Trento, Otávio Facuri e o blogueiro Allan Lopes dos Santos. Ao todo, já são 36 pessoas investigadas pela CPI da Pandemia do Senado.