O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM/MG), se comprometeu a viabilizar uma reunião entre os governadores e direção da Petrobrás. Na mesa de negociação serão discutidas alternativas para a redução no preço dos combustíveis em que a gasolina poderá chegar a R$ 4,50. O compromisso de Pacheco foi firmado durante reunião por videoconferência, nesta quinta-feira (21/10), na qual participou o governador do Piauí, Wellington Dias (PT).
"Foi acertado com o presidente Rodrigo Pacheco vai chamar a Petrobrás para a mesa [de negociação], um grupo de trabalho, uma representação dos estados, com um governador de cada região. Uma agenda que deve acontecer na próxima semana, onde vamos tratar sobre este caminho", destacou Wellington Dias ao final da reunião.
A proposta apresentada pelos governadores é uma alternativa que, segundo Dias, poderá reduzir o preço da gasolina para R$ 4,50. Trata-se de um Fundo de Equalização de Combustíveis em consonância com os 26 estados brasileiros e Distrito Federal. Para Wellington Dias, a medida será capaz de trazer estabilidade aos preços no país.
Ao avaliar a reunião com Pacheco, o governador Wellington Dias alfinetou os representantes da Câmara dos Deputados. "Diferente da Câmara, o Senado está ouvindo as partes, ouvindo governadores, ouvindo municípios para tomar uma decisão que seja, não verdadeiramente uma enganação, compatível com uma solução para o preço dos combustíveis", destacou Wellington Dias.
Foto: Reprodução vídeo
O encontro entre governadores e Rodrigo Pacheco faz parte de uma investida para tentar barrar a proposta que tramita no Congresso e que poderá mudar a cobrança do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).
Aprovada na Câmara Federal, a medida poderá levar a uma perda de arrecadação de pelo menos R$ 24 bilhões em arrecadação, e gerou uma reação imediata por parte dos gestores.
"A alteração dos preços dos combustíveis não pode ser colocada por conta do ICMS. Sempre tivemos o ICMS na mesma alíquota há vários anos e não tivemos essa alteração [no preço dos combustíveis]. Tivemos alteração tanto do câmbio, no preço do barril do petróleo e não havia essa subida brusca nem da gasolina, nem do óleo diesel, nem do gás", analisou o governador Wellington Dias.