Um dos modelos apontados é substituição de matriz energética, tema que o Piauí adota há vários anos, graças a uma ousada política de estímulo à produção de energias renováveis.
Reunidos em Glasglow, Escócia, para a Conferência das Nações Unidas para Mudanças Climáticas, mais de cem chefes de estado e dez governadores brasileiros tentam selar compromissos para a redução da emissão de gases que possam conter os efeitos catastróficos das mudanças climáticas. Um dos modelos apontados é substituição de matriz energética, tema que o Piauí adota há vários anos, graças a uma ousada política de estímulo à produção de energias renováveis que inclui projetos de parceria público-privada (PPP). O governador Wellington Dias participará do debate no final desta semana.
As primeiras duas miniusinas de energia fotovoltaica ficam localizadas no Norte do Piauí, nos municípios de Altos e Campo Maior. Quando estiverem em funcionamento mil toneladas de carbono deixarão de ser emitidos na atmosfera, todos os meses, por cada usina. Considerando as duas infraestruturas, isto equivale ao plantio de 15 mil árvores para consumir o carbono que deixa de ser lançado na atmosfera, ou 50 campos de futebol completamente reflorestados em apenas 30 dias.
Para Viviane Moura, superintendente de Parcerias e Concessões, este é um momento importante de “virada de chave” com relação a busca de novas matrizes energéticas. “Essas miniusinas também geram uma grande economia financeira para o Estado. Além disso, outro fator importante, é a geração de emprego e renda nesses municípios, como mão de obra local”, revela. Além das miniusinas, a PPP Piauí, em parceria com a Universidade Estadual do Piauí (Uespi), está implantando o Núcleo de Energias Renováveis no Centro de Formação Antonino Freire, em Teresina.
Neste momento, a PPP das Miniusinas de Energia Solar está em fase de contratação. “A próxima etapa será a supressão vegetal e cercamento, mas somente após contratação da construtora. Provavelmente acontecerá em novembro”, explica Giorgio Santos, gerente de operações da concessionária Rio Poti Energia.
A substituição de energias geradoras de poluentes como carvão, petróleo ou gás, por fontes renováveis é um processo extremamente necessário. Até 2050 energias renováveis como a solar, a eólica, a geotérmica, a marítima e outras poderão abastecer 80% da demanda mundial. NA COP26, o Brasil se comprometeu a reduzir 50% da emissão até 2028.
Piauí sai na frente
Atualmente, o Piauí possui 60 usinas de energia solar em operação, produzindo. A maior delas está em São Gonçalo do Gurgueia, cidade localizada a 800 km de Teresina. É considerado o maior parque de energia solar da América do Sol, produzindo 1.500 GW por ano.
Os parques de energia eólica também são destaque. O Piauí está ocupa a quarta posição entre os maiores produtores de energia eólica do país, produzindo 3,8 GW. São 116 empreendimentos autorizados para captar energia dos ventos no Estado.
Apenas com energia limpa, unindo solar fotovoltaica e eólica, o Estado produz o dobro da eletricidade que precisa. O Piauí também tem um programa voltado exclusivamente para o fomento de energias limpas, através da Lei 6.901, de 28 de novembro de 2016.
Fonte: Ascom Suparc