O procurador-geral de Teresina, Aurélio Lobão, não descartou a possibilidade de que a prefeitura venha a prorrogar o decreto de calamidade pública para o sistema de transporte coletivo de Teresina. O documento anunciado em outubro tem a validade de 180 dias. A declaração foi dada na sexta-feira (14) em entrevista ao Cidade Verde.
O decreto foi uma resposta da gestão do prefeito Dr. Pessoa (MDB) à crise pela qual passa o transporte público na capital. O objetivo da medida foi a de permitir ações emergenciais, inclusive, a de incluir outras empresas na operacionalização do sistema de ônibus.
“Há possibilidade se houver novamente o retorno do status quo, ou seja, o retorno daquela situação que estávamos enfrentando em meados de agosto e setembro do ano passado”, explicou.
Na época, a população de Teresina enfrentava o agravamento de uma das maiores crises no sistema de transporte municipal, que estava parado há mais de um ano. Na data, motoristas e cobradores haviam deflagrado uma nova greve por tempo indeterminado.
Aurélio Lobão informou também que, até o momento, não foi necessária a contratação de novas empresas. Segundo ele, a frota só será contratada caso surja a necessidade de suprir as ordens de serviço que não forem executadas pelos consórcios em vigência.
“Diante das reiteradas paralisações sem motivo a Prefeitura fez o decreto, decretando a calamidade, mas no sentido de que quando houver paralisação, a Strans teria autonomia para chamar uma nova empresa, que tenha ônibus dentro das determinações para cumprir o serviço”, pontuou.
Paula Sampaio
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