Foto: Marcos Corrêa/PR
O presidente Jair Bolsonaro (PL) evitou mais uma vez criticar as partes do conflito protagonizado por Rússia e Ucrânia em entrevista coletiva neste domingo (27), no Guarujá, cidade do litoral paulista onde ele passa o feriado de Carnaval.
"Ninguém quer criar um problema humanitário. Você quer que eu faça o que para acabar com a guerra? Tudo o que poderia fazer eu fiz e vou continuar fazendo", disse do Forte dos Andradas, onde está hospedado.
Bolsonaro afirmou que conversou por duas horas por telefone neste domingo com seu par russo, Vladimir Putin, e que o Brasil vai permanecer "neutro" em relação à guerra, pois não quer "trazer as consequências do embate para o país".
Segundo ele, é preciso ter responsabilidade nos negócios com a Rússia pois o Brasil depende de fertilizantes enviados de lá para cá.
Bolsonaro disse ainda que o líder russo falou da situação na Ucrânia, mas não deu os detalhes. Para o presidente, o conflito se resolverá "nos próximos dias ou horas". "Não adianta ter razão contra um canhão. Todo mundo prefere usar a saliva."
Centenas de brasileiros enfrentam dificuldade para conseguir deixar a Ucrânia devido à invasão russa, e o governo federal tem sido alvo de críticas sobre a falta de um apoio maior do Itamaraty.
Ainda segundo Bolsonaro, a Ucrânia e a Rússia são "praticamente irmãos" e "é um exagero" falar em massacre, mesmo diante do cerco das tropas russas à Kiev.
De acordo com o ministério da Saúde ucraniano, até agora a invasão russa no país matou 352 civis, sendo 14 crianças.
Fonte: Folhapress