Kedma, Gabriela e Lidiane estavam em Kryvyi Rih, no sudeste da Ucrânia, onde atuam juntas no clube de futebol ucraniano Kryvbas Women. Apesar da cidade ainda não ter sido atacada, o clima era de apreensão e as atletas estavam isoladas em um hotel, enquanto aguardavam orientação de quando poderiam deixar a cidade em segurança.
Na primeira tentativa, as jogadoras passaram o dia de quinta-feira (3) na estação de trem, tentando embarcar, mas o local estava cheio e a prioridade era de idosos, crianças e mães. Elas conseguiram pegar um trem na sexta-feira (4).
Atleta piauiense Kedma Larissa, de 20 anos, mora há seis meses na Ucrânia — Foto: Arquivo Pessoal
Ela esteve com a família em Teresina no fim do ano passado e voltou para Ucrânia início de janeiro. A atleta chegou a jogar a primeira fase do Campeonato Ucraniano e no dia que começaram os ataques, 24 de fevereiro, seu time se preparava para viajar para a Turquia, onde estava prevista a pré-temporada de jogos.
O Campeonato Ucraniano foi oficialmente suspenso, após a invasão da Rússia ao país. O clima na região é de insegurança e incerteza.