O governador do Piauí e coordenador no Forum Nacional dos Governadores, Wellington Dias, reagiu às declarações do presidente Jair Bolsonaro de que os governadores só querem "esfaquear" o governo quando o assunto é o ICMS cobrado sobre os combustíveis. A fala foi durante uma solenidade no Palácio do Planalto na última sexta-feira (23).
“Em nenhum momento, nem governadores e nem prefeitos, cobramos do poder central além do essencial ao nosso povo. Sobre combustíveis é hora de o presidente parar de esturrar feito leão quando se dirige a governadores e prefeitos e miar feito gatinho com a Petrobrás e os acionistas da Petrobras", afirmou.
Na ocasião, o presidente disse que um caminhoneiro para ir e voltar de Brasília a São Paulo paga R$ 1 mil ICMS. "Isso é um esculacho”, afirmou.
"Quantos km de Brasília para São Paulo? Caminhão gasta a cada 3 km 1 litro. Qual valor em 2019 e qual valor após os reajustes do Bolsonaro? Se custa R$ 1.000,00 e acho que não (presidente mentiu?) de ICMS, quanto custa o aumento que ele liberou desde 2019 para cá? Quanto era o diesel em janeiro de 2019 em Brasília? Quanto é agora? ICMS do diesel é 14% no DF. São Paulo 13,3%%", rebateu.
Segundo o governador, Bolsonaro na realidade não gerencia a Petrobras e a estatal reajusta os preços quando deseja.
"A verdade é que o governo não governa a Petrobras, e ela aumenta quando quer os preços. Ah! Mas o problema é o preço do barril do petróleo que subiu… no governo do ex-presidente Lula o Barril do petróleo também subiu e ficou em U$ 140,00, e hoje com a subida está em U$ 120,00. Mas no governo Lula o litro da gasolina era R$ 2,70 e óleo diesel R$ 1,90. Por quê? Porque tinha o Fundo de Estabilização dos Preços dos Combustíveis e o presidente da República da época colocava a Petrobras a serviço dos interesses maiores do nosso povo e não da jogatina da especulação", declarou.
Da Redação
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