No último dia permitido pela legislação eleitoral para mudança de partido de parlamentares, os deputados estaduais Mardem Menezes e Gustavo Neiva se filiaram ao Progressistas. Eles deixam respectivamente o PSDB e o PSB. Fechando a cota, ao todo 15 deputados aproveitaram a janela migratória em todo o Piauí, sendo quatro federais e 11 estaduais.
As mudanças proporcionaram o desaparecimento de sete partidos da Assembleia Legislativa do Piauí: PSB, PSDB, PDT, PSD, PTB, Cidadania e PL. E deixou o PT com uma super bancada – 12 parlamentares no total.
A legenda piauiense também ganhou uma nova cadeira na Câmara Federal e junto com o PSD ficaram com três federais cada (Veja lista no final da reportagem).
A deputada Teresa Britto decidiu continuar no PV, apesar de na esfera federal o partido fazer federação com o PT e PCdoB, os quais a parlamentar sempre fez oposição. A decisão dela foi anunciada na última segunda-feira (28) e disse que terá a mesma postura de fiscalizadora e independente dentro da Alepi.
A janela partidária foi aberta no dia 03 de março. A novidade deste ano foi que os partidos, que não podem mais fazer coligações, tiveram que unir através de federações, que terá um tempo maior de fidelidade – quatro anos. Essa modalidade fez muitos deputados aderirem a outros para conseguirem suas reeleições e em alguns casos para ajudar as siglas a elegerem o maior número de parlamentares.
1º mandato em 4 partidos
A deputada federal pelo Piauí, Marina Santos, mudou de partido quatro vezes em em seu primeiro mandato. Hoje no Republicanos, a parlamentar, eleita pela primeira vez em 2018, pelo PTC, já passou pelo Solidariedade e PL, antes da última filiação neste mês de março, aproveitando a janela partidária.
A parlamentar foi eleita em 2018 pelo Partido Trabalhista Cristão (PTC), depois que a sigla não atingiu a cláusula de barreira, ela teve permissão para sair do partido e foi para o Solidariedade, porém, depois de impasses internos ela resolveu aderir ao PL. Com a saída dos deputados governistas, devido à chegada de Bolsonaro ao partido, Marina justifica que precisou se adequar às regras eleitorais e que apesar de sempre se entregar à legenda que participa, foi preciso fazer a mudança.
“Quando eu entro no partido, eu sou muito partidária, eu entro para ficar. Mas, infelizmente, o partido que eu estava (PL) não se adequava à regra do jogo atual. Não dava para mim, no nosso estado. Em âmbito nacional é outra coisa, em cada estado tem sua realidade. Então, eu procurei me adequar para poder participar e concorrer de formas digna das eleições 2022”, justificou sua terceira mudança.
Fonte: G1 PI