O desembargador Erivan Lopes, presidente do Tribunal Regional Eleitoral do Piauí (TRE-PI), garante rigidez na fiscalização e punição de crimes durante o pleito deste ano. Em entrevista ao Cidadeverde.com, o magistrado ratificou o entendimento do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sobre os principais desafios para 2022.
Na avaliação da autoridade piauiense, os problemas são semelhantes aos enfrentados em 2018. “A desinformação é uma preocupação e, assim como a propaganda negativa e a pistolagem digital, não serão tolerados. Sempre que levadas à Justiça Eleitoral no Piauí, e no Brasil como um todo, sofrerão as reprimendas previstas em lei”, enfatizou.
O desembargador também comentou o volume de pessoas que procuraram os cartórios eleitorais às vésperas do término do prazo para a regularização e emissão do título eleitoral. Só nos dois últimos dias antes da data limite, na quarta-feira (4), haviam sido contabilizados mais de 9 mil atendimentos.
“A procura foi grande, principalmente na última semana, mas o TSE e o TRE-PI concentraram todas as forças, a sua mão de obra e a rede de dados de internet, exatamente para atender essa demanda. Agora é esperar a conclusão dos trabalhos de cadastramento”, disse o presidente da Corte.
Com os novos cadastros, o estado saltou de 2,4 milhões para 2,5 milhões de eleitores. Em relação ao eleitorado facultativo, entre 15 e 17 anos, foi registrado um aumento acima de 20% em relação às eleições municipais de 2020.
Terminada essa etapa, o TRE-PI agora se prepara para dar prosseguimento ao cronograma eleitoral estabelecido pelo TSE.
“Faremos a reparação das urnas eletrônicas que serão distribuídas para todo o estado. Teremos urnas em quantidade suficiente, inclusive com a reposição de urnas antigas, para evitar qualquer problema na coleta dos votos. Já nomeados a comissão de propaganda eleitoral, que são os juízes que vão julgar e apreciar as representações e reclamações que houverem, e o tribunal pleno continua aguardando para julgar eventuais recursos dos registros de candidatura logo após as convenções”, concluiu Erivan Lopes.
Breno Moreno
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