Um levantamento realizado pelo Tribunal Regional Eleitoral do Piauí (TRE-PI) mostra que o número de eleitores que declararam o nome social no cadastro eleitoral subiu 404% no Piauí entre os anos de 2018 e 2022.
O nome social é a designação pela qual a pessoa travesti ou transexual se identifica e é socialmente reconhecida, diferente do nome oficialmente registrado ao nascimento, que muitas vezes não reflete sua identidade de gênero.
De acordo com o TRE, na última eleição presidencial em 2018, apenas 81 eleitores declararam o nome social. Em 2022, o número saltou para 409, um crescimento de 404,94%.
Houve também crescimento em Teresina. Há 4 anos apenas 38 eleitores cadastraram o nome social. Este ano, o número chega a 171, um aumento de 350%.
Na capital do Piauí, desde 2017 está em vigor a lei que garante o direito ao uso do nome social a travestis e transexuais no âmbito da administração pública municipal.
Os dados correspondem até o dia 24 de junho e ainda podem sofrer alterações, já que o TRE permanece processando títulos eleitorais.
Eleitorado do Piauí cresceu 8%
Segundo o TRE, o eleitorado do Piauí, que hoje está em 2.574.128 de pessoas, cresceu 8,57% em relação a 2018. Há 4 anos, o número de votantes era 2.370.894.
As mulheres são maioria (1.330.154) em relação aos homens (1.243.973).
Oficialmente, os números totais de eleitores piauienses aptos a votar serão liberados apenas no dia 11 de julho deste ano, data prevista pelo calendário eleitoral para a divulgação, na internet, do quantitativo de eleitores por município brasileiro.
Hérlon Moraes
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