Candidato ao Senado pelo Progressistas, Joel Rodrigues também contratou uma empresa envolvida em investigações de empresas que seriam usadas para atacar os oponentes dos seus clientes.
A empresa também foi contratada pelo candidato a governador do Piauí pelo União Brasil, Silvio Mendes, e há suspeitas que a empresa foi contratada para atacar a chapa do Partido dos Trabalhadores, que tem Rafael Fonteles como candidato ao Governo e Wellington Dias ao Senado.
A Benjamim Comunicação Ltda tem um contrato de R$ 350 mil com a campanha de Joel Rodrigues e 22,21% já foi utilizado. Até o momento, a empresa é a segunda do ranking de gastos de fornecedores do candidato ao Senado do ministro Ciro Nogueira.
A empresa em questão esteve esse ano envolvida numa polêmica no estado de São Paulo e foi inclusive alvo de investigação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito na Câmara Municipal paulistana.
A CPI dos Aplicativos apura o envolvimento da Benjamim Comunicação, entre outras empresas, que teriam sido contratadas por um aplicativo de entregas, para espalhar notícias falsas sobre a greve dos entregadores, que cobravam melhorias no trabalho.
Entre as funções da empresa estaria a produção de páginas e perfis falsos, além da postagem de memes, argumentos e comentários para desestabilizar o movimento.
Wellington Dias é o principal adversário de Joel Rodrigues e já vem sofrendo ataques na internet. Não se sabe ao certo se é uma ação orquestrada da empresa, mas esses tipos de ações não condizem com o processo democrático de eleição.
Neste ano, o MPF em São Paulo abriu uma investigação após denúncias de que o aplicativo de delivery iFood contratar a Benjamin Comunicação para prestar serviços de contrapropaganda e tentar inviabilizar uma campanha de entregadores por melhores condições de trabalho no estado.
“Tais estratégias, se bem compreendidas, também podem ter afetado a própria compreensão do público geral a respeito do que era demandado pelos entregadores. No ponto, chama atenção o fato de que empresas de publicidade teriam se valido de expedientes que simularam participações espontâneas no debate público realizado em redes sociais”, cita o procurador da República Yuri Corrêa da Luz ao solicitar investigação contra a empresa.