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Deepfake: conteúdo do Jornal Nacional é adulterado para desinformar os eleitores
Política
Publicado em 20/09/2022

Nestas eleições, a guerra travada na internet ganhou uma arma nova: o deepfake. É uma tecnologia que usa a chamada inteligência artificial. Entre outras coisas, ela permite adulterar o movimento dos lábios e transplantar um trecho de uma fala, de um determinado ponto para outro, mudando completamente o conteúdo de uma notícia, por exemplo.

Nas últimas semanas, conteúdo do Jornal Nacional foi adulterado desta forma e compartilhado intensamente em redes sociais como o WhatsApp para desinformar os eleitores. Alguns dos mais compartilhados exibem áudio e vídeo adulterados para afirmar que o candidato à reeleição, Jair Bolsonaro, estaria à frente na pesquisa de intenção de voto do Ipec, o que é falso. A pesquisa mostrou o oposto do vídeo adulterado.

Desde 15 de agosto até esta segunda-feira (19), as pesquisas do Ipec e do Datafolha apresentadas no JN mostraram o candidato do PT, Luiz Inácio Lula da Silva, como o que tem percentual maior de intenção de voto. Em todas elas, Bolsonaro apareceu em segundo lugar.

Se você receber algum vídeo supostamente extraído do Jornal Nacional com a divulgação de pesquisas eleitorais do Ipec ou do Datafolha, consulte a página que o g1 criou especialmente para você saber se o vídeo é verdadeiro ou se foi manipulado.

A distribuição desses vídeos falsos coincidiu com declarações públicas do candidato Bolsonaro em que despreza as pesquisas eleitorais dos institutos Ipec e Datafolha e afirma, sem nenhuma base nos fatos, que qualquer resultado das urnas que não seja a vitória dele em primeiro turno significará que algo errado terá ocorrido no TSE.

Levantar suspeitas sobre a Justiça Eleitoral é uma afronta à democracia brasileira e deve ser denunciada.

 

G1

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