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O candidato a governador pelo PT, Rafael Fonteles, visitou nesta quarta-feira (21) a comunidade quilombola Mimbó, no município de Amarante (160 quilômetros ao sul de Teresina). O objetivo era discutir ações e projetos para a comunidade, que é a mais antiga e tradicional do Piauí, tendo surgido em 1819 a partir da fuga de dois casais negros escravizados vindos de Pernambuco.
A governadora Regina Sousa participou da agenda. Rafael destacou aos moradores o compromisso de defender as comunidades quilombolas e implantar projetos e ações que melhorem a vida deles e preservem a sua cultura. “O nosso compromisso é resgatar a história, preservar os valores culturais e cuidar para que as comunidades quilombolas do Piauí tenham melhores condições de vida”, disse ele.
Ele lembrou que o Mimbó é a primeira comunidade quilombola com internet no Brasil, graças ao projeto Piauí Conectado. “Essa conectividade foi e é um grande instrumento de transformação para a comunidade. Além disso, melhoramos o abastecimento de água e estamos reformando e ampliando a Casa de Cultura, para que a história e a cultura desse povo sejam preservados e passem para as gerações futuras”, afirmou Rafael.
O candidato reforçou a necessidade de se implementar políticas públicas de combate ao racismo e o seu desejo de efetivar o ensino da história e cultura afro-brasileira nas escolas estaduais. O objetivo, observou, é possibilitar aos jovens acesso às histórias de lutas e resistência dos negros, que foram e são fundamentais para a própria história do Piauí.
Ideuzuita Rabelo, líder do Mimbó, disse confiar em Rafael Fonteles para dar continuidade ao trabalho da governadora do Piauí, Regina Sousa, de assistência às comunidades quilombolas. "Esse governo nos acolheu e nos deu oportunidades. Saúde e educação se desenvolveram aqui. Projetos foram trazidos e estão sendo ampliados. Então, temos confiança que Rafael fará muito mais pela nossa comunidade", frisou.
A governadora Regina Sousa disse encontrar na comunidade suas raízes e ancestralidade. Pontuou, ainda, um dos projetos desenvolvidos no quilombo para a geração de renda. "Um dos projetos trazidos para cá foi o Mimbó Artesanato. Realizamos cursos profissionalizantes de corte e costura para ensinar e qualificar essa comunidade, que já tinha muito potencial no artesanato”, afirmou a governadora.
Regina Sousa complementou que em novembro, quando o quilombo Mimbó completa 203 anos de existência, várias peças produzidas na comunidade deverão ser colocadas à venda na internet e em grandes lojas. “A ideia é incentivar a produção em larga escala, para fazer a economia circular na comunidade e que a sua história e cultura sejam espalhadas por todo o país, de forma que todos tenham conhecimento do Mimbó", finalizou.
Paula Sampaio
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