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DHPP investiga se suspeita de matar marido agiu em legítima defesa
Piaui
Publicado em 24/10/2022

Foto: Tiago Melo

 

O Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) investiga se Elinalda Silva de Sousa, que é suspeita de matar o marido João Adenilson Silva Sousa, de 42 anos, com duas facadas, teria agido em legítima defesa para fugir de agressões físicas no Conjunto Paulo de Tarso, na zona norte da cidade de Teresina, no último sábado (22).

O coordenador do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), o delegado Francisco Costa, o Baretta, informou que as primeiras informações colhidas apontam que havia um histórico de violência doméstica e que a mulher tinha uma medida protetiva contra o homem. Eles tinham se separado, mas nos últimos dias os dois estavam se aproximando. 

“Tinha histórico de violência doméstica, e ela tinha uma medida protetiva, contudo a própria vítima não respeitava e deixava que o agressor se aproximasse dela. Nos últimos dias eles estavam conversando, inclusive relatos de que ele dizia que estava ouvindo vozes e que ela convidou ele para ir à igreja. Eles tinham se separado, mas estavam reatando. Tinham algumas visitas aceitadas pela vítima, e aí resultou na morte do indivíduo, onde segundo consta, ela foi agredida anteriormente e desferiu golpes de faca, matando ele”, disse Baretta.

O crime teria ocorrido pela madrugada de sábado na residência onde moravam. Vizinhos informaram que ouviram gritos e pedidos de socorro, mas que não acionaram a polícia, pois era um problema recorrente entre o casal.

“Por volta da 3h os vizinhos disseram que ouviram pedido de socorro, gritaria, mas disseram que era comum acontecer isso com eles e pela manhã amanheciam como se nada tivesse acontecido. Já faziam da violência um hábito natural e está aí o resultado”, destacou.

O corpo do homem foi localizado na manhã de sábado, na parte externa da casa, e a mulher é a principal suspeita, principalmente porque ela chegou a enviar para parentes uma foto mostrando ferimentos pelo seu corpo, pedindo ajuda. Ela ainda não foi localizada pela polícia.

“Na madrugada ela manda uma foto com ferimentos no rosto e pedindo socorro para uma parente, e daí ela some e ao amanhecer o corpo foi encontrado com duas perfurações, provavelmente de arma branca e a principal suspeita é ela”, disse Baretta.

Agora a investigação vai ser realizada para responder se realmente foi um caso de legítima defesa. “Após a instauração do inquérito policial, exame pericial, e aí vamos ter duas coisas para definir como legítima defesa, é a razoabilidade e proporcionalidade”, afirmou.

Bárbara Rodrigues e Tiago Melo
redacao@cidadeverde.com

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