Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado
O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, afirmou, na segunda-feira, 6, que para receber o Bolsa Família, as famílias beneficiárias deverão demonstrar o atestado de vacinação das crianças em dia. Em evento no Rio de Janeiro na segunda-feira, Lula criticou o antecessor, Jair Bolsonaro, por ter promovido desinformação sobre as vacinas e pediu que os responsáveis levem as crianças para serem imunizadas.
Segundo Lula, o programa passará a contar com três pré-requisitos: as crianças estarem matriculadas na escola, a carteira de vacinação delas em dia e o acompanhamento pré-natal completo das mães que estiverem grávidas.
O Bolsa Família passará a ter o valor permanente de R$ 600, com um adicional de R$ 150 por criança abaixo dos seis anos de idade
O Ministério da Saúde anunciou o lançamento de uma campanha nacional de vacinação. Segundo a ministra Nísia Trindade, ainda não foi possível estimar o impacto da campanha negacionista contra os imunizantes promovido pelo governo Bolsonaro nos índices. Lula cobrou os pais para que levem as crianças e criticou a postura do ex-presidente.
"Nós tivemos nos últimos tempos a maior campanha que já vi alguém fazer do negacionismo de uma vacina. Nunca imaginei um presidente mentindo tão descaradamente sobre os benefícios de uma vacina", afirmou Lula, ao falar sobre a vacinação contra a covid-19. "Pelo amor de Deus, a gente não pode ser ignorante ao ponto de achar que não tem que tomar vacina. Uma mãe que não leva um filho para tomar a vacina contra a paralisia infantil, eu fico me perguntando que amor é esse. Hoje, além da propaganda, é preciso convencer as pessoas. É preciso convencer o pai e a mãe que uma criança tem que tomar vacina para o bem da criança e para o bem da família", disse o presidente.
No evento da segunda-feira, Lula esteve ao lado do prefeito do Rio, Eduardo Paes (PSD) e do governador fluminense, Cláudio Castro (PL) para a inauguração do Super Centro Carioca de Saúde. Com o equipamento, a Prefeitura do Rio promete zerar até julho a fila de pacientes da oftalmologia, hoje de 136 mil pessoas.
Fonte: Estadão Conteúdo