Foto: Divulgação/ Governo do Estado
No comando de uma das novas secretarias criadas pelo governador Rafael Fonteles, a professora e sindicalista, Núbia Lopes, afirmou que tem como principal missão na pasta ampliar o diálogo com os movimentos sociais e sindicais piauienses. Outra meta importante é conseguir ampla abertura no Palácio de Karnak para seguimentos da sociedade historicamente excluídos.
Na pasta, Núbia Lopes será a responsável pelo relacionamento e pela articulação do governador Rafael Fonteles (PT) com estes grupos. A ideia é que se tenha uma equipe específica no governo para atender e formatar projetos advindos de movimentos sociais e sindicais organizados para que eles sejam levados ao chefe do executivo e, em seguida, colocados em prática.
“No diálogo com movimento sociais vale destacar que ele se realiza a partir do acolhimento das demandas dos diversos seguimentos sociais e a, posterior mediação entre o governo e os devidos encaminhamentos”, explicou Núbia sobre a atuação da secretaria.
Uma curiosidade sobre a nova secretaria é que ela vai funcionar em frente ao Palácio de Karnak, no edificio Antonieta Araujo, um aceno do governador da proximidade que quer ter com os movimentos sociais.
Rafael Fonteles, através do pai, Nazareno Fonteles (PT), já tem uma relação históricas com movimentos sindicais. Nas eleições, por exemplo, pelo menos 30 sindicatos declararam apoio ao petista e ele prometeu ter a disposição para “sentar à mesa e negociar” para conseguir um consenso diante dos pedidos que são feitos ao governo pela classe trabalhadora.
"Nos últimos quatro anos houve bastante dificuldade", diz secretária
Em entrevista ao portal Cidade Verde, Núbia Lopes avaliou a posição que a relação entre o poder público e os movimentos sociais foi colocada durante a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que considerou antidemocrática, e disse que com as novas diretrizes estabelecidas pelo governo do presidente Lula (PT) é possível trabalhar uma reaproximação.
“Queremos ampliar cada vez mais o diálogo com os movimentos sociais, com os movimentos sindicais e fortalecer as instâncias de movimentos sociais, considerando que nos últimos quatro anos houve bastante dificuldade, a partir da gestão antidemocrática do Governo Federal. Agora, podemos retomar essa articulação e trabalhar com as políticas de participação social, através de conselhos e fóruns”, declarou a secretária.
De superintendência à secretaria: o que muda?
Anteriormente, a pasta era uma Superintendência de Relações Sociais, tendo ganhado status de secretaria em reforma administrativa pelo governador. A mudança foi um alinhamento a própria formatação do Governo Federal. O principal impacto da mudança é na autonomia que a pasta ganhou para dialogar e articular com os movimentos sociais e sindicais.
Saiba quem é a secretária
Núbia Lopes é professora, dirigente sindical, foi diretora da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), secretária-geral do Sindicato dos Trabalhadores da Educação do Piauí (Sinte-PI), secretária de formação da Central Única dos Trabalhadores (CUT), secretária de políticas Sociais da CNTE e conselheira do Conselheiro Nacional das Crianças e Adolescentes (Conanda).
Paula Sampaio
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