EUROPA ENGENHARIA
PUBLICIDADE
ARMAZÉM PARAIBA
COMPRRE DIRETO PELO NOSSO WHATSAPP
VOE PICOS
Publicidade
Publicidade
Publicidade
PUBLICIDADE
Retomada do Minha Casa, Minha Vida prevê construção de moradias no Centro de Teresina
Publicado em 09/04/2023 18:45
Brasil

Com déficit habitacional de aproximadamente 100 mil moradias em todo o Piauí, a retomada do Minha Casa, Minha Vida (MCMV) deve, ao menos, minimizar essa realidade. Ao Cidadeverde.com, o diretor-geral da Agência de Desenvolvimento Habitacional (ADH), Carlos Edilson, esclarece que ainda aguarda instrução normativa, mas que o Piauí tem buscado se antecipar para se adequar às novas diretrizes do maior programa habitacional do país que tem como meta contratar, até 2026, dois milhões de casas. No estado, a ideia é tornar o Centro de Teresina novamente habitado e ampliar as regiões da cidade contempladas com novas unidades habitacionais.

"Levar moradias para o Centro e fracionar. Essas são duas ideias da nossa gestão que vou tentar implementar se houver compatibilidade com a instrução normativa. Encontrar uma área no Centro de Teresina, para que possamos trazer a população de novo para o Centro.  À noite, ninguém vê mais a circulação de pessoas no Centro de Teresina. Então, por que não procurar um terreno, algo que possamos construir, um prédio, um condomínio. Isso só poderá ser executado com a instrução normativa", destaca o diretor-geral da ADH que assumiu a pasta há cerca de duas semanas. 

A Medida Provisória que retoma o MCMV ainda aguarda análise no Congresso Nacional e foi assinada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em fevereiro deste ano. 

De acordo com dados do Ministério das Cidades, em todo o país, há cerca de 83 mil obras do Minha Casa, Minha Vida paralisadas- em situações diversas, como: ocupadas irregularmente, com pendências de infraestrutura, abandono da construtora, indícios de vícios construtivos, entre outros.

Foto: arquivo Cidadeverde.com

Sobre o atual retrato do programa no Piauí, Carlos Edilson analisa que, na gestão do governo Bolsonaro, o Minha Casa, Minha Vida [que se chamava Casa Verde e Amarela] ficou praticamente paralisado no estado.

"O que a gente está buscando é deixar projetos aptos e separados para que o estado do Piauí tenha o maior número de unidades que for possível, unidades essas que serão fracionadas por todo o Piauí. O déficit habitacional é grande em todo o país, a moradia é um direito do cidadão e traz dignidade. Vamos lutar para que um maior quantitativo de piauienses tenha esse direito. Vamos buscar 2 mil, 3 mil unidades", disse Edilson. 

O gestor disse ao Cidadeverde.com que está sendo realizado um levantamento de possíveis terrenos para a construção das novas moradias. 

"É um dos passos! estamos buscando terrenos, onde construir essas casas. A gente precisa ter isso fechado e regularizado. Estamos fazendo levantamento de possibilidades de terrenos, principalmente na Grande Teresina. São terrenos que já têm uma infraestrutura",adianta o diretor-geral da ADH. 


CASAS EM MAIS REGIÕES DA CIDADE

Em Teresina, capital do Piauí, uma das situações mais conhecidas é no Residencial Torquato Neto, na zona Sul. No local, parte das moradias foram invadidas. Um dos motivos apontados para a ocupação irregular são questões ligadas à infraestrutura do bairro e distância da região mais central da cidade. 

Foto: Renato Andrade/ Cidadeverde.com

Carlos Edilson observa que a meta de tornar o Centro de Teresina novamente habitado e fracionar a construção de moradias por mais bairros enfrenta de frente a situação apontada como problemática. 

"Estamos fazendo o levantamento da situação de alguns moradias antigas do MCMV que foram invadidas para que possamos colocar à disposição de quem se enquadra nas diretrizes do programa. Há situações assim nos residenciais Torquato Neto [zona Sul] e Jacinta Andrade [zona Norte]" destaca o diretor-geral da ADH.

Ele adianta que há uma reunião agendada para 18 de abril com todos os gestores do país ligados ao setor de habitação. "Estamos aguardando essa normativa e vamos buscar dar uma maior efetividade no estado Piauí. Esperamos que já possamos sair dessa reunião com a instrução normativa para saber como vamos poder trabalhar e fazer as delimitações necessárias", pontua.

MUDANÇAS NO PROGRAMA

Uma das principais novidades do programa é o retorno da Faixa 1, agora voltado para famílias com renda bruta de até R$ 2.640 (anteriormente, a renda exigida era de R$ 1.800). Nos últimos quatro anos, a população com essa faixa de renda foi excluída do programa. Agora, a ideia é que até 50% das unidades financiadas e subsidiadas sejam destinadas a esse público. Historicamente, o subsídio oferecido a famílias dessa faixa de renda varia de 85% a 95%.

Famílias chefiadas por mulheres estão entre o público prioritário. Outras novidades do Minha Casa, Minha Vida são a ampliação da inclusão da locação social, a possibilidade de aquisição de moradia urbana usada e a inclusão de famílias em situação de rua no programa. Os novos empreendimentos estarão mais próximos a comércio, serviços e equipamentos públicos, e com melhor infraestrutura no entorno.

"O Minha Casa Minha Vida terá um impacto grandioso, pois é uma oportunidade de levar dignidade à população, fazer com que as pessoas consigam o sonho da casa própria

 


Graciane Araújo
redacao@cidadeverde.com

Comentários