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STF proíbe destruição de provas obtidas por hackers que vazaram mensagens de Moro
Brasil
Publicado em 13/06/2023

Sede do Supremo Tribunal Federal, em Brasília

MARCELLO CASAL JRAGÊNCIA BRASIL 

 

 

Dados foram coletados durante a Operação Spoofing, que prendeu suspeitos de invadir celulares do ex-juiz e ex-ministro Sergio Moro

 

Supremo Tribunal Federal (STF) manteve nesta terça-feira (13) a decisão do ministro Luiz Fux que impediu a destruição de provas obtidas a partir de ataques hackers a celulares de autoridades públicas envolvidas na Operação Lava Jato. Por unanimidade de votos, o plenário seguiu o voto do atual relator da ação, o ministro Dias Toffoli.

Para os magistrados, houve o entendimento de que a destruição de provas pode frustrar a efetividade da atuação da Justiça, contrariando preceitos constitucionais como o Estado de Direito e a segurança jurídica.

Além disso, também comprometeria a formação do convencimento do STF sobre a licitude dos meios de obtenção desses elementos de prova.

Em agosto de 2019, Fux determinou a preservação das provas. Na decisão, o ministro argumentou que salvaguardar provas é "essencial" para apurar os fatos e que a destruição exige ação da Justiça.

 
O ministro Luiz Fux durante sessão plenária no STF

O ministro Luiz Fux durante sessão plenária no STF

FELLIPE SAMPAIO/SCO/STF - 8.6.2022

 

"A salvaguarda do acervo probatório é essencial para a adequada elucidação de todos os fatos relevantes, mormente porque a eliminação definitiva de elementos de informação reclama decisão judicial."

Em julho de 2019, a operação prendeu suspeitos de terem invadido celulares do ex-juiz e ex-ministro Sergio Moro e de integrantes da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba.

Em dezembro de 2020, o então ministro Ricardo Lewandowski concedeu à defesa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) o acesso às mensagens.

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