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Zanin afirma que Lula foi absolvido e provoca Moro ao falar em parcialidade do ex-juiz
Brasil
Publicado em 21/06/2023

Cristiano Zanin em sabatina na CCJ do Senado

PEDRO FRANÇA/AGÊNCIA SENADO 

 

 

Advogado que livrou presidente de condenações da Operação Lava Jato diz que Lula não foi julgado por um juiz imparcial

 

advogado Cristiano Zanin, indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à vaga de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou nesta quarta-feira (21) que o chefe do Executivo foi absolvido nos processos da Operação Lava Jato em que foi condenado à prisão. Zanin ainda disse ao senador Sergio Moro (União Brasil-PR) que não houve parcialidade do ex-juiz nos julgamentos contra Lula.

“O presidente Lula foi absolvido em diversas instâncias, em diferentes juízos e até no Supremo Tribunal Federal. E também no Supremo Tribunal Federal foram anulados processos em razão de uma falha estrutural, que era a ausência de um julgamento imparcial, a ausência de coleta de elementos e de julgamentos por um juiz imparcial. A Justiça tem como elemento estruturante a imparcialidade", disse Zanin em sabatina na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) do Senado.

“Se não houver imparcialidade, não haverá julgamento justo, e a própria Justiça corre o risco de perder sua credibilidade. A Justiça vive da sua credibilidade. Há processos em que o presidente Lula foi absolvido e outros foram anulados por falha processual, o que indica que esses processos sequer deveriam ter existido”, acrescentou. Moro participou da sabatina de Zanin, mas não presenciou o momento em que o advogado fez as declarações.

Em julho de 2017, o então juiz federal Sergio Moro condenou Lula a 12 anos e um mês de reclusão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro no caso do tríplex do Guarujá. Posteriormente, a pena foi reduzida pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) para 8 anos e 10 meses. Ele começou a cumprir a prisão em 7 de abril de 2018 na carceragem da Superintendência da Polícia Federal em Curitiba.

Lula oficializou a indicação de Zanin nessa quinta (1)

Lula oficializou a indicação de Zanin nessa quinta (1)

ARTE: R7 BRASÍLIA

Enquanto Lula estava preso, a juíza Gabriela Hardt, substituta de Moro na Justiça Federal de Curitiba, condenou o ex-presidente a 12 anos e 11 meses de prisão também pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro devido a obras realizadas por empreiteiras em um sítio de Atibaia, no valor de R$ 1 milhão, dinheiro que seria de propinas pagas pelas construtoras a Lula.

Em ambos os processos, o STF entendeu que as ações deveriam ter sido analisadas pela Justiça do Distrito Federal, e não pela do Paraná. Quando os processos voltaram à estaca zero, o caso do tríplex já estava prescrito, e a acusação sobre o sítio foi negada pela Justiça por falta de provas, além da prescrição dos eventuais crimes. A prescrição, segundo o artigo 189 do Código Civil, é a extinção da ação judicial pelo tempo. 

O presidente foi absolvido em três casos: o do chamado Quadrilhão do PT, do caso Nestor Cerveró e da Operação Zelotes. Os processos eram sobre o beneficiamento de empresa na Guiné Equatorial e interferência no BNDES, mas foram trancados pela Justiça — ou seja, paralisados sem que o mérito tenha sido analisado.

 

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