REPRODUÇÃO / POLÍCIA FEDERAL
Preso em uma operação da Polícia Federal que investiga o assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, o ex-bombeiro Maxwell Simões Correa chegou a Brasília, no fim da tarde desta terça-feira (25).
Ele foi encaminhado para uma penitenciária federal.
A decisão que embasou a decretação da prisão do ex-sargento também determinou que ele deveria ser transferido para um presídio federal.
Na decisão, o juiz do caso revelou que, após o crime, Maxwell teria admitido ao colaborador Élcio Queiroz que estava na missão de execução de Marielle havia muito tempo.
Segundo a decisão, a partir da quebra de sigilo de dados de "nuvem", teria ficado comprovada a utilização de tal aplicativo de mensagens instantâneas criptografadas por parte de Ronnie Lessa e Élcio. O relato da passagem de Lessa para o banco de trás do veículo, horas antes do crime, teria sido confirmado pelo relatório de imagens preliminares da Delegacia de Homicídios de 26 de março de 2018, que identificou um balanço anormal no carro e um braço no vidro traseiro", disse o magistrado.
O juiz afirmou ainda que a prisão é imprescindível, "havendo dado concreto a indicar que ele estaria, ao longo dos anos, ocultando provas ou, ao menos, continuando a delinquir, pelo que necessária a prisão provisória também para a manutenção da ordem pública, impedindo a reiteração delitiva".
"As ações imputadas são contemporâneas com o pedido ministerial de prisão, pois, como dito, teriam ocorrido não só em atos preparatórios, mas em uma série de condutas nos anos subsequentes, visando, possivelmente, se esquivar da aplicação da lei penal, outro requisito da prisão preventiva."