ALAN SANTOS/PR
Em depoimento à CPI da Câmara Legislativa do Distrito Federal nesta quinta-feira (10), o ex-ministro da Justiça Anderson Torres afirmou que nunca determinou ao ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF) Silvinei Vasques que interferisse no processo eleitoral "de modo a beneficiar qualquer um dos candidatos" nem fez sugestões a respeito disso.
À época, Torres era ministro da Justiça e disse que a pasta respeitava a autonomia da PRF. "Nossa determinação em relação à eleição sempre foi de reprimir a compra de votos e os demais crimes eleitorais", afirmou.
Sobre os bloqueios de estradas, o ex-ministro declarou que deu a ordem para desmobilizar e não acredita que Silvinei teria desobedecido à determinação. "Ele trabalhou dia e noite, sem parar, para tentar desobstruir."
"A Diretoria de Inteligência do Ministério da Justiça produziu uma planilha onde constavam os locais onde os candidatos Lula e Bolsonaro obtiveram mais de 75% dos votos no primeiro turno, com o intuito de fazer um cruzamento e tentar identificar possíveis crimes eleitorais nestes redutos. Não compartilhei com ninguém este documento e, até onde sei, ele também não foi difundido nos canais de inteligência", afirmou.