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Congresso deve definir prorrogação da desoneração da folha de pagamento nesta terça-feira
Publicado em 24/10/2023 08:24
Brasil

Líder do governo no Congresso, o senador Randolfe Rodrigues (sem partido-AP) afirmou que "não é razoável o governo fazer esforço de reposição dos municípios e, ao mesmo tempo, ser votada a desoneração da folha dos municípios". A referência é em relação à proposta que viabiliza a compensação de R$ 27 bilhões da União aos estados e ao Distrito Federal pela perda de receita com a redução do ICMS sobre combustíveis

Apesar do posicionamento, a tendência é que a ala não recorra para votar o projeto em plenário e acabe acumulando mais uma derrota ao governo. O movimento simbolizaria um desgaste político não só para o Executivo, mas para os parlamentares que liderassem o pedido.

Caso o grupo não consiga articular uma exclusão dos municípios do projeto, o Planalto ainda pode promover vetos à proposta. O Ministério da Fazenda estuda um veto total, mas o governo reconhece que essa hipótese geraria um desgaste com o Congresso, com prefeitos e com os 17 setores que mais empregam. 

Expectativa

 

Enquanto isso, o movimento pela aprovação se consolida e tem apoio do próprio presidente do Senado. Pacheco defendeu a desoneração da folha e garantiu rapidez na votação caso o projeto vá a plenário. "A presidência do Senado tem uma posição favorável ao projeto. Consideramos que é importante a desoneração desses 17 setores que têm alta empregabilidade, cuja folha de pagamento representa muito custo a essas empresas, e é natural que haja um programa de desoneração prorrogado", justificou. 

Sobre a inclusão dos municípios, Pacheco se manteve neutro. "Sendo uma vontade da Câmara e do Senado, a questão previdenciária dos municípios será decisão do entendimento da maioria, e vamos respeitar evidentemente, mandando à sanção do presidente da República."

Se passar, a medida vai valer até dezembro de 2027. O desafio do Congresso é finalizar a análise da proposta antes do vencimento até então previsto. A desoneração da folha acabaria em 2020, mas o Congresso aprovou a prorrogação até o fim de 2021. Um novo projeto, aprovado pelo Congresso e sancionado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), estendeu a medida até dezembro de 2023.

Entenda

 

O que é a proposta de desoneração da folha de pagamento?

Pelo texto, a contribuição previdenciária patronal sobre a folha de salários será substituída por uma contribuição incidente sobre a receita bruta do empregador. A contribuição patronal é paga por empregadores para financiar a seguridade social. Então, em vez de o empresário pagar 20% sobre a folha de pagamento do funcionário, o tributo pode ser calculado com a aplicação de um percentual sobre a receita bruta da empresa, que varia de 1% a 4,5%, conforme o setor.

A contribuição não deixa de ser feita, apenas passa a se adequar ao nível real da atividade produtiva do empreendimento. Em outras palavras, as empresas que faturam mais contribuem mais. Com isso, é possível contratar mais empregados sem gerar aumento de impostos.

Quais são os setores beneficiados?

• Confecção e vestuário;
• Calçados;
• Construção civil;
• Call center;
• Comunicação;
• Construção e obras de infraestrutura;
• Couro;
• Fabricação de veículos e carroçarias;
• Máquinas e equipamentos;
• Proteína animal;
• Têxtil;
• Tecnologia da informação (TI);
• Tecnologia da informação e comunicação (TIC);
• Projeto de circuitos integrados;
• Transporte metroferroviário de passageiros;
• Transporte rodoviário coletivo; e
• Transporte rodoviário de cargas.

Juntos, esses segmentos geram cerca de 9 milhões de empregos formais.

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