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Juíza chora ao ser eleita desembargadora do TJ/PI e diz: “é uma luta de mais de 43 anos”
Piaui
Publicado em 01/04/2024

Foto: Yala Sena 

 

 

Por Yala Sena

Bastante emocionada, a juíza Maria do Rosário de Fátima Martins Leite Dias, 70 anos, foi eleita na manhã desta segunda-feira (1º) a nova desembargadora do Tribunal de Justiça do Piauí. Ela será a única mulher que irá compor a mais alta corte do judiciário do Piauí. A primeira foi a desembargadora Eulália Pinheiro que se aposentou em agosto do ano passado. 

Ela disputou o cargo pelo critério de antiguidade na vaga deixada pelo desembargador Edvaldo Moura. 

Ao ser anunciada como novo desembargadora pelo presidente do Tribunal de Justiça do Piauí, Hilo de Almeida, a magistrada chorou e disse que a luta é para que mais mulheres cheguem ao poder judiciário.

“É uma luta de mais de 43 anos para que o Tribunal reconhecesse que existe mais mulheres precisando ingressar aqui. É muita emoção, uma luta desde de 1980, nosso sonho hoje se concretiza e é a segunda vez que o Piauí  recebe uma mulher de carreira jurídica como desembargadora. O desafio é lutar para que mais mulheres cheguem ao poder judiciário. Eu me sinto muito honrada ter passado esses anos de luta e dificuldades”, disse a nova desembargadora.

O juiz José Vidal de Freitas Filho obteve votação unânime na corte e disse que é um trabalho reconhecido e o deixa mais motivado para ajudar na prestação jurisdicional. 

“Que a justiça seja mais justa e ágil possível. Meu objetivo é somar para que a sociedade receba a prestação jurisdicional que merece”, disse.  

Novo desembargador ficará oito meses

O juiz Antônio Reis de Jesus Nollêto foi eleito novo desembargador e ficará apenas oito meses no cargo. Ele tem 74 anos e ao completar 75 anos será aposentado compulsoriamente. 

Ele disse que enquanto estiver no TJ ajudará na produtividade do Tribunal. “A população pode esperar mais trabalho. É o mesmo trabalho que eu desempenhava na Vara do Tribunal do Júri, é a mesma coisa, não vai mudar nada. Sentimento é de gratidão”, disse Nollêto que tem 37 anos de magistratura.   

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