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Quem está na Presidência só perde a eleição se for incompetente, diz Lula
Brasil
Publicado em 28/06/2024

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta quinta-feira que "vai mostrar" para o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) que "quem está na presidência só perde uma eleição se for incompetente". A declaração ocorreu em entrevista à rádio Itatiaia, em Minas Gerais, onde o petista faz ofensiva nesta semana e visita as principais cidades governadas pelo partido no estado.

 

 

— Se eu derrotei ele quando eu era oposição e ele, situação, imagina agora que eu sou situação e ele, oposição. Vou mostrar para ele que quem está na presidência só perde uma eleição se for incompetente — disse Lula.

Questionado se irá tentar reeleição em 2026, Lula disse ser um "jovem de 78 anos", mas alegou ser "cedo" para confirmar se vai concorrer. O presidente ressaltou que a "única hipótese" de candidatura seria se "todos os indicadores" mostrarem que ele é a "única pessoa para derrotar o facismo, a extrema direita".

— Não terei problema de ser candidato, mas espero que até lá a gente arrume uma pessoa mais competente, mais jovem, com mais disposição. Trabalhar mais do que eu duvido que aconteça — afirmou o presidente.

Na entrevista, Lula se posicionou contra a anistia dos condenados pelo 8 de janeiro, defendida por Bolsonaro, e ressaltou a existência de foragidos na Argentina. Propostas de anistia já foram apresentadas no Congresso.

— Briguei muito para ter anistia no Brasil, mas, nesse caso, não descobrimos ou punimos todo mundo. (Ainda) estamos procurando gente, financiadores. Temos mais de 165 pessoas na Argentina, das quais acho que 39 estão condenadas. Estamos discutindo para essas pessoas voltarem para o país para darmos a eles a lição que merecem — disse o petista.

O presidente visita Minas Gerais nesta quinta e sexta-feira em uma estratégia para turbinar pré-candidaturas aliadas para a eleição municipal de outubro. As visitas abrangem as duas principais cidades mineiras comandadas pelo PT, Contagem e Juiz de Fora, para anunciar iniciativas do governo federal.

A iniciativa acontece poucos dias antes do prazo, definido pela lei eleitoral, em que candidatos ficam proibidos de participar de inaugurações ou de anúncios de obras públicas.

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