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Feliciano Bezerra, professor do Programa de Pós-Graduação em Letras (PPGL) da Universidade Estadual do Piauí (Uespi), foi um dos vencedores do Prêmio Griots 2024, uma das maiores honrarias concedidas a intelectuais e agentes culturais que se destacam na promoção e valorização das culturas afro-brasileiras.
Organizado pelo Congresso Internacional de Literaturas e Culturas Africanas da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), o prêmio reconhece personalidades que se dedicam à preservação e difusão da herança cultural negra, tanto no campo acadêmico quanto artístico. Feliciano Bezerra foi premiado por sua contribuição como criador artístico no segmento musical afro-brasileiro e por sua trajetória como pesquisador e educador.
O Prêmio Griots já homenageou grandes nomes, como o poeta e professor Elio Ferreira, e se consolidou como uma referência no reconhecimento de talentos que dialogam com questões relacionadas à identidade negra e à cultura afro-brasileira. Feliciano Bezerra se destaca especialmente pela sua pesquisa acadêmica sobre identidade negra e por sua atuação artística, que une reflexão acadêmica e expressão cultural afro-brasileira.
“Esse prêmio é uma afirmação do valor da minha contribuição, tanto no campo da educação quanto na promoção da cultura afro-brasileira. É um orgulho pessoal, mas também uma validação da importância de unir pesquisa e arte”, afirmou o professor. Ele enfatizou ainda o impacto de sua atuação como educador e criador artístico, ressaltando que ambos os campos se alimentam mutuamente.
A valorização da cultura afro-brasileira no Piauí é uma das principais bandeiras de Feliciano Bezerra e isso tem um impacto significativo, especialmente em espaços como o Congresso Griots. “O congresso é um evento acadêmico, mas também um espaço de celebração das expressões culturais afro-brasileiras”, comentou. “Durante o evento, fizemos uma grande homenagem ao poeta, pesquisador e professor da Uespi, Elio Ferreira, um parceiro de todas as horas nessa nossa trajetória”, comenta Feliciano Bezerra.
Na semana em que se comemora o Dia Nacional da Consciência Negra, 20 de novembro, o professor reconhece os avanços, porém ressalta que ainda há muitos desafios e, para ele, tanto a universidade quanto a arte desempenham papéis essenciais na construção de uma sociedade mais plural e inclusiva.
“A universidade oferece um dos maiores espaços de emancipação e mudança social, enquanto a arte tem o poder de sensibilizar e mudar a percepção do público sobre questões como a diversidade e a inclusão”, concluiu.
Com o Prêmio Griots 2024, Feliciano Bezerra reafirma sua trajetória como professor e artista, além de reforçar seu compromisso com a valorização da cultura afro-brasileira. A premiação não apenas reconhece seu trabalho, mas também destaca a importância de uma educação mais inclusiva e de ações culturais que promovam uma sociedade mais justa e plural.