Imagens exclusivas obtidas pelo SBT mostram um dos assassinos do delator do PCC logo após a fuga. depois de descer do ônibus, o homem caminhou tranquilamente pelas ruas de Guarulhos.
Depois de matar o empresário Antônio Vinícius Gritzbach e um motorista de aplicativo, que também foi atingido pelos disparos, no Aeroporto Internacional de São Paulo, os criminosos fugiram com um veículo Gol preto por cerca de três quilômetros.
Eles abandonaram o veículo e as armas na Rua Guilherme Lino dos Santos, em Guarulhos. Ali mesmo eles pegaram o ônibus 3235 da Viação Campo dos Ouros. Os dois foram filmados dentro do veículo.
Um deles usava um boné. Mais pra frente, ambos desceram e se separaram. O criminoso de boné foi gravado por diversas câmeras de segurança enquanto caminhava.
Segundo investigadores, depois da fuga à pé, os assassinos foram resgatados por Kauê do Amaral Coelho, de 29 anos. Ele estava dentro do aeroporto no momento do desembarque do empresário e teria dado um sinal para os assassinos agirem. Mais tarde, ele resgatou os atiradores com um Audi preto.
Kauê teve a prisão decretada e fugiu. Um comparsa dele, Matheus Augusto de Castro Mota, também teve a prisão decretada e está foragido. Segundo policiais, ele fez um Pix de R$ 5 mil para Kauê e teria fornecido os carros usados na ação.
Corretor de imóveis de luxo, o empresário participava da lavagem de dinheiro de traficantes de drogas ligados à facção Primeiro Comando da Capital (PCC). Ele foi acusado de mandar matar o traficante Anselmo Santa Fausta, em dezembro de 2021. Antônio Vinícius também fez um acordo com promotores de Justiça e delatou criminosos e policiais civis corruptos.
As imagens da fuga dos assassinos dentro do ônibus e nas ruas fizeram com que a polícia chegasse a um perfil físico dos atiradores. O homem de boné branco é forte e tem mais de 1,80m de altura. A partir daí, os investigadores fizeram uma lista de suspeitos que têm essas características e um perfil criminoso.
Um deles é um ex-policial militar. Outros dois, que segundo a polícia, têm ligação com o PCC, já foram descartados porque tinham um álibi. Um conseguiu provar que estava em Bertioga, no litoral paulista, no dia em que Antônio Vinícius foi executado.