Foto: Ascom Alepi
Foi aprovado na comissão de constituição e justiça da Assembleia Legislativa do Piauí o projeto de lei que proíbe o uso de celulares em escolas públicas e privadas de todo o Piauí. O texto de autoria do deputado Henrique Pires (MDB) estabelece que as instituições de ensino devam recolher os aparelhos dos estudantes na chegada ao ambiente escolar, tendo acesso apenas no momento de retorno de volta para a casa.
A medida seguirá a tramitação na Assembleia, após aprovação na CCJ seguirá para a comissão de educação e futuramente será analisado em plenário. Os alunos que levarem seus equipamentos às escolas deverão deixá-los guardados, com a unidade de ensino criando um protocolo para isso. Será permitido o uso somente quando houver necessidade pedagógica ou no caso de alunos com deficiência que necessitam de auxílio da tecnologia.
Após a repercussão do texto, o deputado Marden Menezes (PP) solicitou a realização de uma audiência pública para discutir o texto.
Henrique Pires lamentou o cenário atual de “dependência” dos aparelhos.
“Dentro da própria casa, eu sou pai de adolescentes e de pré-adolescentes, vendo a dependência que as crianças ficam ligados, estão estudando, estão sempre preocupados o que o celular está dizendo, o que está acontecendo. Estudos científicos, tanto na Inglaterra como nos Estados Unidos da América, mostram o mal que a permanência desse aparelho eletrônico no ambiente escolar traz, não só o aprendizado, como a saúde mental dos alunos. Então, resolvemos não esperar pelo Congresso Nacional, por isso apresentamos o projeto e hoje foi aprovado aqui na Comissão de Condição e Justiça”, afirmou.
“Dispõe que ao chegar ao colégio o celular é recolhido. Quando acabar o horário letivo ele recebe para chamar um Uber, para poder conversar com quem quiser, mas naquele período compreendido, do início da aula até o término das atividades dentro do colégio, fica proibido. Ah, meu filho não vai poder falar comigo? Todo colégio, toda a direção sempre tem lá celular, meio de comunicação para que as crianças possam se comunicar com seus pais ou responsáveis. Não há necessidade de ter aquele aparelho ali infernizando o juízo das crianças, dos pré-adolescentes e adolescentes”, finalizou.