- Ascom / PF
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O delegado da Polícia Federal (PF), Eduardo Monteiro, do Núcleo de Crimes Cibernéticos, confirmou nesta quinta-feira (28) que policiais fecharam o “escritório do crime” em Teresina e prendeu 11 pessoas suspeitas de fraudes bancárias e no auxílio emergencial contra a Caixa Econômica Federal.
Em coletiva, o delegado informou que a investigação já dura dois anos e os criminosos acessavam as contas dos beneficiados através de chips falsos. A PF apreendeu dois mil chips.
“O auxílio emergencial foi concedido durante a pandemia e eles tomavam conta de um chip de celular, cadastrava em nome da vítima, e acessava o aplicativo da Caixa Tem, e passava a pagar boletos com valores que eram depositados na conta do governo e retornavam para eles. Foram identificados dois mil chips, mas o número de vítimas ainda estamos levantando”, disse o delegado.
A operação foi batizada de Bazófia, que significa vaidade exacerbada, vanglória, devido a ostentação do grupo nas redes sociais. Segundo o delegado, eles exibiam viagens, passeios de luxos.
O delegado esclareceu que os beneficiários não sabiam das fraudes e que muitos deles foram ressarcidos pela Caixa. Ele também negou que há participação de funcionários da Caixa.
Um policial militar do Maranhão foi preso, juntamente com o pai e irmão. O policial tinha um patrimônio incompatível com a função e fazia ostentação na rede social. A PF não divulgou nomes. O PM foi preso em Teresina.
“Eles tinham um escritório do crime e migravam de locais, mas conseguimos localizar com oito funcionários, que trabalhavam para executar fraudes bancárias em Teresina. O líder e outros membros são oriundos da cidade de Bacabal. Até agora 11 pessoas foram presas e três estão foragidos”.
Ele informou que os presos são jovens de 20 a 40 anos, além de empresários laranjas, que fazia a lavagem de dinheiro.
Foto: Renato Andrade/Cidadeverde
Um dos alvos também era investigado na operação do Draco realizada no Maranhão que resultou na morte do policial Marcelo Costa, 42 anos.
“Um dos alvos está foragido e ele era procurado também naquela operação que resultou na morte do policial civil do Draco, pois ele executava diversos tipos de fraudes”, explicou o delegado.
A operação Bazófia cumpriu 33 mandados judiciais contra uma organização criminosa especializada em fraudes bancárias e lavagem de dinheiro por meio de empresas de fachada.
A operação apreendeu oito carros de luxo, um jet-ski, dinheiro, arma, joias, computadores, bolsas caras e documentos.
As empresas laranjas usavam como fachada a venda de veículos e delivery.
Os investigados poderão responder pelos crimes de organização criminosa, furto qualificado, lavagem de dinheiro e invasão de dispositivo eletrônico, além de outros que venham a ser constatados no decorrer do processo investigativo.