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Operação contrafeito apura fraude bancária de R$ 3 milhões; advogado está foragido
Polícia
Publicado em 04/12/2024

 

Foto: Divulgação / SSP-PI

 

Um ex-gerente do Banco do Brasil e um ex-servidor do Bradesco foram alvos da Operação Contrafeito, na manhã desta quarta-feira (03) em Teresina e Timon, no Maranhão. Apenas o ex-servidor foi preso temporariamente. Já o ex-gerente e advogado está foragido. Em Timon, a polícia cumpriu mandados de busca e apreensão no escritório do investigado.

Um empresário dono de loja de celulares que teria emprestado as contas também foi preso temporariamente. Ele informou a polícia que teria recebido R$ 30 mil para facilitar a liberação de crédito de R$ 150 mil.

“Esse gerente ele deveria adotar um protocolo de muitas vezes receber a documentação das empresas, fazer diligências para que fossem deslocados em loco para verificar a veracidade da empresa, a sede, o faturamento e algumas dessas atividades não eram feitas. Depois que esse valor era creditado na conta das empresas, rapidamente ele era pulverizado em contas de laranjas que dificultavam o rastreio”, afirma o delegado Ferdinando Martins.

De acordo com o delegado Ferdinando Martins, da Deccor, a operação realizada nesta manhã foi um desdobramento da Operação Fake, deflagrada em dezembro de 2022, que emitiu alerta a bancos que pudessem estar sendo alvos da fraude.

O Banco do Brasil realizou um relatório interno e informou a polícia que haviam mais empresas do que já havia sido identificada. A polícia constatou que o período de maior movimentação foi entre 2021 e 2023, em momento pós pandemia, onde as movimentações online aumentarem.

“A gente percebeu que dentro dessas operações alguns servidores laranjas e gerentes facilitavam e recebiam valores em contrapartida, vantagens indevidas. Identificamos a participação deles, compartilhamos com o Banco do Brasil que identificou fraudes que geraram prejuízos em torno de R$ 3 milhões”, afirma o delegado.

Com a operação deflagrada nesta manhã, a Polícia Civil do Piauí tinha como objetivo sufocar o núcleo que estava dentro das agências facilitando os empréstimos para estancar os pagamentos às empresas. Com material apreendido as empresas que receberam benefícios serão investigadas.

Também foi identificado um escritório de contabilidade que manipulava endereços de empresas fictícias e levantava empréstimos por financiamento de bancos.

“A ideia deles era abrir o CNPJ, permitir que algumas pessoas ou laranjas emitissem dinheiro para essas contas, para aquecer a movimentação bancária e posteriormente o contador da uma declaração falsa de faturamento das empresas para levantar empréstimos”, finaliza o delegado.

Empresas do ramo autopeças, comércio de veículos eram as principais utilizadas pelos fraudadores. Foram apreendidos veículos, e além dos mandados, foi concedido pela Justiça o sequestro de R$ 8 milhões das empresas e investigados, decretando a indisponibilidade patrimonial deles.

Após a conclusão das investigações, os investigados podem responder por associação ou organização criminosa, corrupção passiva e ativa e lavagem de dinheiro.

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