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Investimento por aluno cresce 50% em 10 anos, mas Brasil ainda está atrás de países ricos
Brasil
Publicado em 13/01/2025

Foto: Reprodução

 

Nos últimos dez anos, o investimento médio do governo brasileiro por aluno na educação básica cresceu 50%. Segundo o Anuário Brasileiro da Educação Básica, elaborado pela ONG Todos Pela Educação, o valor passou de R$ 8,3 mil em 2013 para R$ 12,5 mil em 2023. Apesar do avanço, o Brasil ainda destina apenas um terço do que é investido, em média, por países desenvolvidos da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico).

Na América Latina, o Brasil ocupa uma posição intermediária, superando o México (US$ 2,7 mil), mas ficando atrás de Argentina (US$ 3,9 mil) e Chile (US$ 6,7 mil). Em países como Portugal e Estados Unidos, os valores chegam a US$ 10,5 mil e US$ 14,6 mil por aluno, respectivamente.

Para Daniela Mendes, coordenadora de políticas educacionais da ONG Todos Pela Educação, o aumento nos investimentos no Brasil é essencial para melhorar a infraestrutura e a qualidade de ensino. "Representa mais recursos para escolas melhor equipadas e para a valorização dos professores", explica.

A professora Cristiane Rodrigues da Costa, com 30 anos de experiência em sala de aula, reforça que mais recursos trazem impactos positivos no desenvolvimento dos estudantes. "Quanto mais investimento em materiais e infraestrutura, mais o trabalho pedagógico se fortalece. Não se trata apenas de ensinar a ler e escrever, mas de formar cidadãos completos", afirma.

Recursos ainda precisam ser mais bem aplicados

Especialistas apontam que, além de aumentar os investimentos, é crucial aplicá-los de forma eficiente. Daniela Mendes destaca que o foco deve ser em iniciativas com resultados comprovados, como ampliar o acesso à educação infantil e ao ensino integral para crianças em situação de vulnerabilidade. "Essas medidas são fundamentais para reduzir desigualdades e melhorar a qualidade do ensino no país", ressalta.

O Anuário Brasileiro da Educação Básica indica que o crescimento dos recursos foi impulsionado pelo Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb), que garantiu mais participação da União no financiamento da educação pública. Até 2026, a contribuição federal passará de 10% para 23% do total dos recursos destinados ao fundo.

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