Fotos: Roberto Araújo/Cidadeverde.com
O delegado Regional de Parnaíba, Williams Pinheiro, confirmou nesta segunda-feira (3) que a Polícia Civil analisa a possibilidade de solicitar a exumação dos corpos de duas pessoas que moravam na casa onde oito pessoas foram mortas por envenenamento.
As exumações seriam dos corpos do avô e do pai dos meninos mortos em 2024. Antes do envenenamento em agosto do ano passado e janeiro deste ano, o marido de Maria dos Aflitos, avó dos meninos, morreu por causas não identificadas, além do marido de Francisca Maria da Silva.
“Maria dos Aflitos teve um relacionamento passado, o marido veio a óbito, e vamos estar com uma linha de investigação para saber o que aconteceu, se foi uma morte natural ou não. Estamos fazendo levantamentos de boletins, histórico do passado, ouvindo a vizinhança. Também houve um genro da Maria dos Aflitos, marido da filha dela (Francisca) que veio a falecer. Temos que fazer essa análise, porque todos moravam juntos na mesma casa, na época, se há a possibilidade da gente fazer uma exumação do cadáver e se há possibilidade de identificar alguma coisa de veneno”, disse o delegado.
Williams Pinheiro ressalta que a dúvida é se o veneno pode ser encontrado nas partes ósseas, já que as mortes já se passaram mais de ano.
“Atualmente a gente trabalha com alimentação, com intestino, onde é feito a retirada para identificar o tipo de veneno”, disse o delegado Regional.
Durante a coletiva de imprensa, os delegados confirmaram que a Maria dos Aflitos – avó e mãe de Francisca Maria da Silva – considerada a matriarca da família – confessou o crime e que foram assassinatos planejados.
Segundo o delegado Abimael Silva, que preside o inquérito, o plano de avó e do padrasto, que estão presos, era matar toda a família para eles ficarem só.
“Eles lograram êxito no plano que eles tinham desde o início. Esse plano macabro de eliminar toda a família com o intuito egoístico de ficarem só, assim como ocorreram como crimes da mesma natureza de homicídio dentro da família como o da Suzane von Richthofen e os casos da Isabella Nardoni e Henry Borel”, disse o delegado Abimael Silva.