O pai do jovem brasileiro-palestino Walid Khalid Abdalla Ahmad, morto aos 17 anos em uma prisão israelense, fez um apelo ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva após o governo de Israel não liberar o corpo do filho. A morte ocorreu há mais de um mês.
Apesar dos esforços da diplomacia brasileira para a liberação, Israel ainda não respondeu aos apelos feitos pelo governo brasileiro. Walid morreu no dia 22 de março deste ano, na prisão de Megido, em decorrência de fome, desidratação e complicações infecciosas.
De acordo com uma autópsia entregue à família, o quadro foi agravado por "desnutrição prolongada e privação de intervenção médica". Ao confirmar a morte do jovem, no mês passado, o Ministério das Relações Exteriores do Brasil cobrou do governo de Benjamin Netanyahu a investigação do caso e a condução do processo com transparência.
A Federação Árabe Palestina afirmou que Walid morreu enquanto estava preso em Israel devido à fome, desidratação e complicações de uma infecção. A entidade, que representa a comunidade palestina no Brasil, teve acesso ao relatório da autópsia. O documento indica que a saúde do jovem se agravou por falta de atendimento médico.
Walid foi detido em setembro de 2024 e levado pelas forças de defesa israelenses para a prisão de Megiddo. Reportagens do jornal israelense Haaretz revelaram, com fotos e vídeos, um ambiente de violência na unidade prisional. Até o momento de sua morte, confirmada em 25 de março de 2025, o adolescente não havia sido julgado por eventuais crimes.
Ele morava com os pais em Silwad, na Cisjordânia ocupada, e foi detido sob a acusação de agredir militares israelenses.