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Por Dulina Fernandes
Publicado em 15/07/2025 20:07
Piaui

Foto: Reprodução / CNBB NE

 

A Arquidiocese de Teresina divulgou, na última sexta-feira (11), uma nota de esclarecimento à comunidade católica, alertando os fiéis sobre a atuação de pessoas e grupos religiosos que, apesar de utilizarem símbolos e nomes semelhantes aos da Igreja Católica, não estão em comunhão com a Igreja Católica Apostólica Romana. Confira a nota na íntegra ao fim da reportagem.

No comunicado, a Arquidiocese reforça seu compromisso com a integridade da fé e com a orientação pastoral correta. A nota chama atenção para a validade dos sacramentos e orienta que fiéis tenham cuidado com celebrações religiosas realizadas fora da jurisdição canônica da Igreja, por não terem reconhecimento da Sé Apostólica.

“A Igreja Católica nutre sincero respeito pelas várias tradições e denominações religiosas. Mas é sua obrigação esclarecer que algumas denominações, embora se apresentem como católicas, não mantêm comunhão com a Igreja Católica Apostólica Romana”, diz o texto.

O documento menciona especificamente dois nomes: Antônio Marcos Morais, ex-sacerdote dispensado da ordem sacerdotal e desligado da Arquidiocese de Teresina, e José Dutra Fonseca Baião, suspenso do exercício ministerial sacerdotal pela Diocese de Bom Jesus do Gurgueia. Ambos, segundo a nota, estão promovendo celebrações em outra denominação dentro do território da Arquidiocese de Teresina.

A Cúria reforça que tais atos religiosos não possuem legitimidade nem validade sacramental conforme os preceitos da doutrina católica, e que esses grupos não seguem o Código de Direito Canônico nem estão sob a autoridade do Papa e dos bispos em comunhão com ele.

“Exortamos todos os fiéis a buscarem o discernimento e a confirmarem a legitimidade das instituições religiosas, procurando sempre a orientação dos seus párocos e da própria Arquidiocese de Teresina”, afirma o texto assinado por Dom Juarez Marques Sousa da Silva, Arcebispo Metropolitano de Teresina, e pelo diácono Roberto Caminha Cavalcante, chanceler da Cúria.

Padre afastado em Bom Jesus

O padre José Dutra, citado na nota, foi suspenso pela Diocese de Bom Jesus em maio deste ano. Na ocasião, o religioso alegou que vinha enfrentando dificuldades com o bispo diocesano Dom Marcos Antonio Tavoni, e que não encontrava mais espaço para continuar seu ministério na região.

Com 32 anos de sacerdócio, Dutra afirmou ter passado por várias dioceses fora do Piauí e disse ter enfrentado problemas institucionais, críticas e falsas acusações, incluindo uma denúncia de assédio sexual, que, segundo ele, não foi comprovada. Após sua saída, o padre anunciou que está em processo de ingresso na Igreja Católica Apostólica Brasileira (ICAB), denominação sem vínculo com o Vaticano.

“Busquei refúgio na ICAB porque desejo ser padre e amo o sacerdócio”, declarou em mensagem enviada à população de Bom Jesus, sua terra natal.

Na nota da Diocese de Bom Jesus, a instituição informou que o afastamento do padre foi precedido de ações de acompanhamento, como auxílio psicológico e retiro espiritual. A Diocese também afirmou que irregularidades no ministério do padre vinham sendo acompanhadas há algum tempo, mas optou por não detalhar as ocorrências por “reservas pessoais”.

Dispensa do padre em Teresina

Cidadeverde.com procurou a Arquidiocese de Teresina para saber o motivo da saída do Antônio Marcos Morais. Em nota, a Arquidiocese informou que, após a conclusão de processo administrativo canônico e com autorização do Dicastério para a Doutrina da Fé, ele foi dispensado do estado clerical, em conformidade com as normas do direito da Igreja.

Ainda segundo a Arquidiocese, por se tratar de um procedimento regido por confidencialidade, não serão divulgadas informações adicionais. A decisão, conforme a nota, está amparada no Acordo entre a Santa Sé e a República Federativa do Brasil (Decreto nº 7.107/2010), que reconhece à Igreja o direito de aplicar seu ordenamento jurídico aos membros.

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