Foto: Ricardo Stuckert/PR
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) apresentará, nesta quarta-feira (13), uma Medida Provisória (MP) contendo uma série de ações destinadas ao setor exportador, em resposta ao tarifaço imposto pelos Estados Unidos. Entre as medidas está uma linha de crédito de R$ 30 bilhões para atender produtores afetados pela taxação.
“Vai ser uma política de crédito que a gente está pensando em ajudar sobretudo as pequenas empresas. O pessoal que exporta tilápia, que exporta frutas, que exporta mel, empresas de máquinas. As grandes têm mais poder de resistência. R$ 30 bilhões é o começo. O começo", disse Lula, em entrevista à rádio BandNews.
Além do crédito, a MP irá contemplar compras governamentais, auxílio à abertura de novos mercados e investimentos para que os setores exportadores expandam seus negócios no próprio mercado interno. Segundo Lula, a intenção do governo é estimular países que mantêm boa relação com o Brasil a expansão de negócios de parte a parte.
"Vai ser extremamente importante para que a gente possa mostrar que ninguém vai ficar desamparado por conta da taxação do presidente [Donald] Trump. Vamos cuidar dos trabalhadores dessas empresas, vamos procurar achar outros mercados para essas empresas. Nós estamos mandando a lista dos produtos que a gente vendia para os Estados Unidos, para outros países", disse o presidente.
Entenda
A taxa de 50% sobre os produtos brasileiros anunciada pelos Estados Unidos entrou em vigor no dia 6 de agosto. Em carta enviada à Brasília, o presidente Donald Trump disse que a decisão buscava “corrigir as graves injustiças do sistema” comercial atual. Ele também associou a medida ao que considera perseguição política contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e ataques à liberdade de expressão.
Trump classificou como “vergonha internacional” o julgamento de Bolsonaro por tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022, chamando o processo de “caça às bruxas que deve acabar imediatamente”. Além disso, criticou decisões do Supremo Tribunal Federal (STF) que, segundo ele, emitiram “centenas de ordens de censura secretas e ilegais” contra plataformas norte-americanas.
Em resposta, Lula afirmou que “é falsa a informação sobre o alegado déficit norte-americano”. Reforçou, ainda, que o “Brasil é um país soberano com instituições independentes que não aceitará ser tutelado por ninguém”. Agora, o governo estuda uma possível retaliação com base na Lei da Reciprocidade Econômica.
Ao todo, a taxação de Trump afeta 35,9% das mercadorias enviadas ao mercado norte-americano, o que representa 4% das exportações brasileiras. Para auxiliar os exportadores, o plano de contingência, que será apresentado nesta quarta-feira (13), foi elaborado em conjunto pelos ministérios da Fazenda, do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic), e das Relações Exteriores (MRE).O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) apresentará, nesta quarta-feira (13), uma Medida Provisória (MP) contendo uma série de ações destinadas ao setor exportador, em resposta ao tarifaço imposto pelos Estados Unidos. Entre as medidas está uma linha de crédito de R$ 30 bilhões para atender produtores afetados pela taxação.
“Vai ser uma política de crédito que a gente está pensando em ajudar sobretudo as pequenas empresas. O pessoal que exporta tilápia, que exporta frutas, que exporta mel, empresas de máquinas. As grandes têm mais poder de resistência. R$ 30 bilhões é o começo. O começo", disse Lula, em entrevista à rádio BandNews.
Além do crédito, a MP irá contemplar compras governamentais, auxílio à abertura de novos mercados e investimentos para que os setores exportadores expandam seus negócios no próprio mercado interno. Segundo Lula, a intenção do governo é estimular países que mantêm boa relação com o Brasil a expansão de negócios de parte a parte.
"Vai ser extremamente importante para que a gente possa mostrar que ninguém vai ficar desamparado por conta da taxação do presidente [Donald] Trump. Vamos cuidar dos trabalhadores dessas empresas, vamos procurar achar outros mercados para essas empresas. Nós estamos mandando a lista dos produtos que a gente vendia para os Estados Unidos, para outros países", disse o presidente.
Entenda
A taxa de 50% sobre os produtos brasileiros anunciada pelos Estados Unidos entrou em vigor no dia 6 de agosto. Em carta enviada à Brasília, o presidente Donald Trump disse que a decisão buscava “corrigir as graves injustiças do sistema” comercial atual. Ele também associou a medida ao que considera perseguição política contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e ataques à liberdade de expressão.
Trump classificou como “vergonha internacional” o julgamento de Bolsonaro por tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022, chamando o processo de “caça às bruxas que deve acabar imediatamente”. Além disso, criticou decisões do Supremo Tribunal Federal (STF) que, segundo ele, emitiram “centenas de ordens de censura secretas e ilegais” contra plataformas norte-americanas.
Em resposta, Lula afirmou que “é falsa a informação sobre o alegado déficit norte-americano”. Reforçou, ainda, que o “Brasil é um país soberano com instituições independentes que não aceitará ser tutelado por ninguém”. Agora, o governo estuda uma possível retaliação com base na Lei da Reciprocidade Econômica.
Ao todo, a taxação de Trump afeta 35,9% das mercadorias enviadas ao mercado norte-americano, o que representa 4% das exportações brasileiras. Para auxiliar os exportadores, o plano de contingência, que será apresentado nesta quarta-feira (13), foi elaborado em conjunto pelos ministérios da Fazenda, do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic), e das Relações Exteriores (MRE).