O Centro de Inteligência em Economia e Estratégia Territorial divulgou a primeira edição do Boletim Analítico de Conjuntura Econômica, referente ao primeiro trimestre de 2025. A publicação marca o início de uma nova ferramenta de acompanhamento da economia piauiense, reunindo indicadores atualizados e análises que subsidiam o planejamento e a tomada de decisão em políticas públicas.
O boletim traz um panorama da atividade econômica do estado, com dados sobre agricultura, comércio, serviços, comércio exterior, finanças públicas, previdência social e emprego formal. As informações são apresentadas de forma comparativa com períodos anteriores, permitindo a identificação de tendências e avanços significativos.

Na produção agrícola, o estado mantém trajetória de expansão, com projeção de 6,5 milhões de toneladas para 2025, o que representa um crescimento de 12,04 por cento em relação ao ano anterior. Os maiores destaques foram o milho, com aumento de 24,62 por cento na produção e ganho de 20,67 por cento em produtividade; a soja, com crescimento de 12,52 por cento; e o algodão, com avanço de 41,52 por cento impulsionado pela ampliação da área plantada.
No comércio varejista, o Piauí obteve o maior crescimento do Nordeste, com alta de 5,0 por cento no trimestre. Em termos nacionais, o desempenho em 12 meses posiciona o Piauí entre os cinco melhores resultados do país. No varejo ampliado, o crescimento foi de 4,6 por cento, colocando o estado na terceira posição entre os estados nordestinos.

O setor de serviços também apresentou sinais de fortalecimento, com aumento de 3,11 por cento no consumo de energia elétrica. As maiores altas ocorreram na classe rural, com 8,07 por cento, e no setor de geração própria, com 7,51 por cento. O número total de consumidores subiu 2,32 por cento, o que evidencia o crescimento da base produtiva e da infraestrutura no estado.
No comércio exterior, as exportações piauienses atingiram 160,4 milhões de dólares no primeiro trimestre, um crescimento de 10,08 por cento em relação ao mesmo período de 2024. A soja liderou com 76 milhões de dólares exportados, seguida pelo algodão, que teve aumento de 146,13 por cento no valor vendido ao exterior. Apesar disso, o saldo da balança comercial caiu 30,08 por cento devido ao aumento expressivo das importações, que cresceram 84,55 por cento.