Foto: Renato Andrade / Cidadeverde.com
O governador Rafael Fonteles comentou, nesta quarta-feira (01), a operação da Polícia Federal que apura supostas irregularidades na Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi). Ele ressaltou que ainda não recebeu informações oficiais sobre a investigação, mas garantiu que o governo vai colaborar integralmente com as autoridades competentes.
Segundo o governador, é essencial que o processo siga os trâmites legais e respeite o direito de defesa dos investigados.
“Nós não recebemos informações ainda detalhadas. O fato é que todas as secretarias do governo do Estado estão determinadas a colaborar com qualquer investigação que aconteça em cima de qualquer contrato público. Nós valorizamos o Estado democrático de direito”, afirmou.
Fonteles destacou que a auditoria nos contratos públicos é uma prática permanente e que os mecanismos de controle já fazem parte da rotina administrativa. “A auditoria é feita de maneira permanente. Nós temos o nosso controle interno em todas as secretarias. E claro que existe também o controle externo, os órgãos de investigação. Então, isso é um trabalho constante”, disse.
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O governador pediu cautela diante das especulações sobre a operação e reforçou que somente após o recebimento de informações oficiais será possível um posicionamento mais detalhado da Sesapi. “Temos que aguardar o desenrolar dos fatos para saber realmente quem tem culpa no cartório e, obviamente, cumprir as determinações da lei”, afirmou.
Rafael Fonteles acrescentou ainda que o volume de contratos e recursos públicos administrados pelo Estado exige acompanhamento rigoroso. “Na verdade, o governo do Estado trabalha com um volume de recursos superior a 20 bilhões de reais. São milhares de contratos públicos, todos têm que ser devidamente fiscalizados internamente e externamente”, destacou.
Foto: Reprodução / TV Cidade Verde

A Polícia Federal deflagrou na última terça-feira (30) duas operações em conjunto com a Controladoria-Geral da União (CGU/PI) e o Tribunal de Contas do Estado do Piauí (TCE/PI), cumprindo mandados na sede da Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi). As ações, batizadas de OMNI e Difusão, investigam esquemas milionários de corrupção em contratos da saúde no Piauí e resultaram no afastamento de dois servidores e no bloqueio de R$ 66 milhões dos investigados.
Na Operação OMNI foram cumpridos dois mandados de prisão temporária e 22 de busca e apreensão em Teresina, Timon, Araguaína, Brasília, Goiânia, São Paulo e Curitiba. Segundo a PF, há indícios de direcionamento e conluio em chamamento público para contratação da Organização Social de Saúde responsável pela gestão de hospitais estaduais, incluindo o Hospital Dirceu Arcoverde, em Parnaíba.