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Uma pesquisa do Sherlock Comunications, feita com mais de 500 brasileiros, avaliou o impacto da crise do metanol no comportamento do consumidor. Sair para beber, agora, exige mais cuidado: é preciso saber onde, quanto, e principalmente o que se está consumindo.
Segundo o levantamento, 54% dos que consomem bebidas alcoólicas reduziram a quantidade que bebem, 35% mudaram o tipo de bebida e 11% pararam completamente de consumir álcool. Apenas 25% acreditam que o caso do metanol foi um episódio isolado, sem necessidade de maior atenção.
Para 95% dos entrevistados, as contaminações por metanol representam um grave problema de saúde pública, que exige fiscalização imediata e efetiva. Além disso, 93% afirmam que a situação revela falta de controle e fiscalização adequados no país, e 88% interpretam a crise
Nos bares e restaurantes, o reflexo é evidente: clientes mais desconfiados e evitando destilados. Em um estabelecimento da capital paulista, os pedidos por caipirinha de vodka e drinks com gin caíram 60% nos primeiros 15 dias de outubro.
Segundo o especialista em Direito do Consumidor, Arthur Rollo, a retomada da confiança do público depende de ações concretas.
“Como é que a gente recupera isso daqui pra frente? Abalo de confiança significa menor consumo, que significa menor arrecadação do comerciante, que significa menor arrecadação de imposto. Precisa intensificar a fiscalização. O Ministério da Agricultura pode fiscalizar, o Procon fiscaliza, a Receita Federal também. Esses órgãos precisam manter uma fiscalização permanente para evitar novos casos de falsificação”, explica.