A Polícia Federal e a Controladoria-Geral da União (CGU) cumprem, nesta quinta-feira (13), no Piauí e em outros 14 estados, mandados judiciais da nova fase da Operação Sem Desconto, que investiga um esquema nacional de descontos associativos não autorizados em aposentadorias e pensões do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
Ao todo, estão sendo cumpridos 63 mandados de busca e apreensão, 10 de prisão preventiva e outras medidas cautelares em diversos estados, entre eles Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo, Sergipe, Tocantins e o Distrito Federal.
Entre os presos está o ex-presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, que foi exonerado do cargo em abril, logo após a operação revelar um esquema de fraudes contra aposentados e pensionistas.
De acordo com a Polícia Federal, as investigações apuram a atuação de uma organização criminosa especializada em aplicar descontos indevidos em benefícios previdenciários, sem autorização dos titulares.
O grupo é suspeito de inserção de dados falsos em sistemas oficiais, estelionato previdenciário, corrupção ativa e passiva, além de ocultação e dilapidação de patrimônio.
A operação
A Operação Sem Desconto investiga um suposto esquema nacional de descontos de mensalidades associativas não autorizadas. Estima-se que cerca de R$ 6,3 bilhões foram descontados de aposentados e pensionistas entre 2019 e 2024.
Após a deflagração da operação, o governo federal anunciou a suspensão de todos os acordos de cooperação técnica que permitem que organizações da sociedade civil cobrem de aposentados e pensionistas mensalidades associativas descontadas diretamente dos benefícios pagos pelo INSS.