Foto: Renato Andrade/Cidadeverde.com
O secretário de Segurança Pública do Piauí, Chico Lucas, afirmou que o enfrentamento ao feminicídio exige endurecimento das leis e maior responsabilização dos homens diante da violência contra mulheres. Ele reforçou que não é admissível que autores de crimes graves respondam em liberdade.
“Nós concordamos com o presidente Lula de que precisa haver um endurecimento e, principalmente, um empenho dos homens em respeitar a autonomia, a vontade e a liberdade das mulheres. Nós temos visto o aumento dos números e, o principal, a violência que além de ser contra os corpos femininos, ela é simbólica, porque há muita violência sendo praticada no sentido de mostrar que a mulher não pode brigar pelos seus direitos. Por isso, os homens arrastam, machucam, ferem. E, nesse sentido, a nossa visão é que haja um endurecimento de toda a violência contra grupos vulneráveis, em especial as mulheres, mas também do processo penal, para que aqueles que respondam por crimes violentos respondam aos processos presos. Não é admissível que uma pessoa que cometa um crime, que viole ou ameace a vida de uma mulher, responda esse crime em liberdade”, declarou.
Chico Lucas também comentou que, apesar de avanços recentes, o cenário ainda é preocupante.
“2024 foi um ano em que nós tivemos um aumento [de feminicídio], mas este ano, graças ao trabalho de toda a rede de proteção às mulheres, a Secretaria das Mulheres, as secretarias municipais, a Defensoria, o Ministério Público, a Justiça, nós estamos reduzindo o número de feminicídios, mas ainda estamos longe do ideal”, completou.
Atos contra o feminicídio no Piauí
Centenas de pessoas participaram, neste domingo (7), de atos contra o feminicídio em Teresina e Parnaíba, no litoral do Piauí. As manifestações pediram justiça para vítimas de violência, cobraram políticas públicas mais efetivas e o endurecimento no combate à violência de gênero.
Foto: Mulheres de Luta PHB

Na capital, o protesto tomou a Praça Pedro II, no Centro, onde foram colocados calçados vermelhos no chão, simbolizando as vítimas de feminicídio. O ato também prestou homenagem à estudante Janaína Bezerra, estuprada e assassinada dentro da Universidade Federal do Piauí (UFPI).