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O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pretende lançar entre janeiro e fevereiro mudanças no processo de venda de veículos usados, revelou o secretário executivo do Ministério dos Transportes, George Santoro, em entrevista ao "EXAME Infra", podcast da EXAME em parceria com a empresa Suporte.
"Vamos lançar a transação de vendas entre particulares entre janeiro e fevereiro. Hoje é uma operação inacreditável e burocrática", disse Santoro.
O secretário defende que o modelo atual, onde é necessário ir a um cartório, causa insegurança para quem compra e quem vende.
A ideia é que todo o processo seja feito online. O comprador fará o pagamento, mas o valor somente será repassado ao vendedor após a transferência da documentação.
"Hoje, é preciso ir ao cartório. Um com medo do outro, assina o cheque, vai pagar ou não vai pagar. Tem soluções tecnológicas, o aplicativo da Carteira Digital de Trânsito (CDT), tem o Senatran e outros órgãos podem fazer", afirmou.
Atualmente, o governo federal e alguns Detrans permitem que parte do processo seja feito de forma digital. A ideia da medida é uniformizar o procedimento em todo o país.
Santoro defendeu ainda que processos como a vistoria seja realizado pelo próprio cidadão, como ocorre com algumas seguradoras de veículos.
"A auto vistoria, por exemplo. Você não faz quando contrata um seguro? Por que os Detrans não aceitam? Se a seguradora que é um dos negócios mais conservadores aceita, porque o Detran não vai aceitar? É só conferir, e se estiver ruim, rejeita e pede para fazer de novo", afirmou.
A nova medida segue a linha das mudanças relacionadas a Carteira Nacional de Habilitação (CNH). O secretário defendeu que o papel da pasta é desburocratizar os processos para a população.
"A ideia é desburocratizar, reduzir custos, fazer com que esse usuário tenha uma boa experiência com redução de custos e que ele consiga diminuir o máximo possível o tempo dele usando serviços do governo", disse.
Santoro afirmou que esses projetos são importantes para a redução de custos e para a inclusão social da população.
"Acho que o Brasil precisa usar as tecnologias para reduzir custos. Além de, com esses produtos, fazer uma inclusão social das pessoas", disse.
(Por André Martins e Giovanna Bronze)