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O ex‑presidente Jair Bolsonaro (PL) foi submetido na manhã desta quinta‑feira (25) a uma cirurgia para correção de hérnia inguinal bilateral, no Hospital DF Star, em Brasília, onde está internado desde a véspera após deixar a Superintendência da Polícia Federal (PF). A operação está prevista para durar entre três e quatro horas, e a internação deve se estender de cinco a sete dias, segundo equipe médica.
O procedimento, programado para começar às 9h, foi autorizado pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), após parecer favorável da Procuradoria‑Geral da República (PGR). Médicos informaram que, devido a múltiplas cirurgias abdominais anteriores, o método laparoscópico não pode ser utilizado, sendo necessário o reparo por técnica aberta.
Segundo os especialistas, a hérnia, que ocorre na região da virilha, está associada tanto à idade quanto ao histórico clínico de Bolsonaro. A equipe também apontou que episódios de soluços recorrentes, que incomodam o ex‑presidente há algum tempo, podem ter contribuído para o quadro. Há ainda a possibilidade de um segundo procedimento na próxima semana para tratar esse sintoma específico.
Bolsonaro, que cumpre pena de prisão na PF após condenação por tentativa de golpe de Estado, também enfrenta ansiedade e abatimento emocional relacionados à situação atual, relataram os médicos. A cirurgia será a oitava intervenção abdominal desde o atentado a faca sofrido por ele durante a campanha eleitoral de 2018, incluindo operações longas e complexas.
Na manhã de hoje (25), o senador Flávio Bolsonaro (PL‑RJ) leu uma carta escrita pelo pai e divulgada pouco antes do início da cirurgia. No texto, o ex‑presidente reafirma sua decisão de indicar Flávio como pré‑candidato à Presidência da República nas eleições de 2026, descrevendo a escolha como “consciente, legítima e amparada” e ressaltando seu compromisso com apoiadores bolsonaristas. Bolsonaro disse que entrega “o que há de mais importante na vida de um pai: o próprio filho” para liderar o movimento político que busca continuar seus ideais.
A carta foi escrita no dia 23 de dezembro, mas lida apenas hoje por pedido do próprio ex-presidente Bolsonaro.