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A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) avalia apresentar um novo pedido de prisão domiciliar humanitária ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), após a divulgação de um relatório médico detalhado. Bolsonaro completa uma semana de internação no Hospital DF Star, em Brasília, para tratar complicações decorrentes de uma cirurgia de hérnia inguinal bilateral.
Autorizado pelo STF a deixar a prisão para o procedimento, realizado em 25 de dezembro, Bolsonaro apresentou no pós-operatório quadros de soluços persistentes e refluxo gastroesofágico. O ex-presidente foi submetido a bloqueios anestésicos dos nervos frênicos direito e esquerdo e a complementações do procedimento diante da continuidade dos sintomas. Para esta quarta-feira (31), está prevista a realização de uma endoscopia digestiva alta para avaliar a gravidade do refluxo.
Segundo boletins médicos, Bolsonaro segue em fisioterapia respiratória, utiliza CPAP durante a noite e recebe acompanhamento clínico contínuo. A equipe médica classifica o quadro como raro e multifatorial, associado a cirurgias abdominais e doenças gastrointestinais. A previsão inicial de alta hospitalar permanece para quinta-feira (1º), de acordo com a CNN.
Os advogados pretendem usar o laudo médico para sustentar que o ambiente prisional representa risco à recuperação e à vida do ex-presidente. Bolsonaro cumpre pena de 27 anos e três meses de prisão por crimes relacionados à tentativa de golpe de Estado e já teve dois pedidos de prisão domiciliar negados pelo STF, em novembro e em 19 de dezembro, quando Moraes autorizou a cirurgia.
Fonte: Diário do Poder