O senador Ciro Nogueira (Progressistas) afirmou nesta segunda-feira (14) que o destino do relatório da CPI da Covid no Senado Federal será a lata do lixo. Segundo o parlamentar, que retoma seu assento nesta terça, a falta de credibilidade não levará a comissão a lugar nenhum.
“A CPI não vai chegar a lugar nenhum. Uma CPI que inicia com o relatório já pronto ela perde a credibilidade. O maior poder de uma CPI é a credibilidade. Você vota um relatório e ele vai para o Ministério Público e se ele não tiver credibilidade ele vai ser jogado na lata do lixo, como eu acho que é o que vai acontecer com esse relatório”, afirmou em entrevista à TV Cidade Verde.
Para Ciro, que garante ser amigo do senador Renan Calheiros (MD-AL), relator da CPI, o parlamentar já entrou na Comissão com o relatório pronto e com uma única missão: atacar o presidente Jair Bolsonaro.
“Temos um relator que é amigo meu, o senador Renan Calheiros, mas que já produziu o relatório antes da CPI. Já está com ideias formadas e usa a CPI apenas para atacar o presidente. Isso passa uma imagem errada para a população de que nós políticos optamos pela guerra política ao invés de tratar a população”, declarou.
O presidente do Progressistas comparou a CPI ao atentado de 11 de Setembro nos Estados Unidos onde, ao invés de deixar os Bombeiros trabalharem no resgate às vítimas, os profissionais estariam sendo convocados para depor.
Foto: Reprodução/TV Cidade Verde
“Eu sempre fui contra a instalação da CPI no atual momento. Tudo que eu imaginava está acontecendo. A CPI foi criada apenas por uma guerra política. Fui por missão partidária, mas acho uma perda de tempo estar lá. Em duas semanas levaram o ministro da saúde duas vezes. É como se a gente tivesse no meio do 11 de setembro, os aviões explodindo, e a gente chamando os Bombeiros para depor na CPI ao invés de estarem salvando vidas”, comparou, garantindo estar de volta à Comissão amanhã.
“Amanhã estou de volta infelizmente, queria estar tratando de coisas mais importantes para o país”, disse.
Sobre os governadores, o senador afirmou que os gestores não querem prestar contas das verbas gasta na pandemia.
“Os governadores não querem ir prestar contas. Eles não querem ir nem como convocados nem como convidados”, finalizou.