Criminosos têm aproveitado a pandemia de Covid-19 para tentar colher dados das pessoas e roubar dinheiro das vítimas. Segundo a Polícia Civil, os golpistas se apresentam como representante do Ministério da Saúde e responsáveis pelo agendamento da vacinação contra a doença e assim convencem as vítimas a fornecer os dados.
O Ministério da Saúde alerta que em nenhuma região do país estão sendo realizados agendamentos para vacinação ou outros serviços por telefone, e-mail ou mensagens de texto. Há ainda criminosos que usam dados da ‘Pesquisa de Prevalência de Infecção por Covid-19 no Brasil (PrevCOV)’ para clonar aplicativos e roubar dinheiro das vítimas.
Segundo o delegado Matheus Zanatta, gerente de policiamento especializado, a estratégia dos golpistas é usar temas atuais, como a pandemia, para fazer com que as vítimas confiem que estão diante de uma comunicação legítima.
Os criminosos se identificam como sendo funcionários do Ministério da Saúde e falam como se tivessem a intenção de agendar a vacina contra Covid-19 da vítima. A partir daí, o criminoso segue conversando para colher os dados pessoais. Com as informações em mãos, os golpistas podem clonar telefones e roubar dinheiro das vítimas.
Golpes no Whatsapp: saiba como se proteger
O delegado Matheus Zanatta orientou que as pessoas devem tomar cuidado com links e aplicativos enviados por aplicativos de mensagens, mensagens de texto ou e-mails, principalmente se trazem promessas relacionadas a esses temas.
“Vários golpes estão sendo aplicados com esses temas. Os links enviados anunciam por exemplo ‘álcool em gel e máscara dado pelo Governo Federal’, ou ‘faça teste do coronavírus em casa gratuitamente’”, comentou o delegado.
Empresas também são vítimas
Empresas de Teresina também foram vítima de golpes aplicados pela internet — Foto: Danilo Girundi / TV Globo
Ainda segundo o delegado Matheus Zanatta, estabelecimentos de Teresina também foram vítima desse tipo de golpe. No caso das empresas, os golpistas fazem contato se passando por fiscais da Vigilância Sanitária para extorquir os empresários.
Os criminosos entram em contato com a empresa pelos telefones fixos e alegam que foram encontradas irregularidades no estabelecimento referentes às medidas sanitárias impostas por conta da pandemia do coronavírus.
Em seguida, pedem o contato de celular do empresário e enviam um link por mensagem de texto. Quando a vítima clica no link, tem o celular clonado.
A diretora estadual da Vigilância Sanitária, Tatiana Chaves, informou que os empresários procuraram o órgão denunciando o golpe. Ela alertou que qualquer auto de infração deve ser assinado pela pessoa responsável pelo estabelecimento e que o pagamento de nenhuma multa deve ser feito na hora, ou seja, qualquer pedido de dinheiro antecipado é completamente irregular.
“É um processo que constrange a todos os profissionais. Quando você lavra um auto de infração há um processo administrativo-sanitário iniciado. Lembrando que todos os processos têm direto de defesa, direito do contraditório, ou seja, nenhuma multa da Vigilancia Sanitária municipal ou estadual será paga imediatamente”, disse a Tatiana Chaves.
Golpes pela internet — Foto: Reprodução/RPC
Para evitar os golpes, o WhatsApp conta com barreiras que ampliam a segurança, como código de registro, verificação em duas etapas e a possibilidade de ocultar informações de desconhecidos. O aplicativo garante 100% da privacidade dos seus usuários, porque utiliza criptografia de ponta-a-ponta, medida que assegura que somente as pessoas que estão conversando consigam ter acesso ao conteúdo das mensagens.
O delegado Matheus Zanatta alerta para a importância de não clicar em links desconhecidos e buscar fontes de informação confiáveis, como os sites oficiais dos municípios e estados.
“A população precisa tomar cuidado com esses links recebidos por mensagens de texto, e-mail e WhatsApp. Por isso, o alerta: não clique em links desconhecidos. E caso caia em algum golpe, procure a delegacia de Polícia Civil para registrar o Boletim de Ocorrência”, completou o delegado.