EUROPA ENGENHARIA
PUBLICIDADE
COMPRRE DIRETO PELO NOSSO WHATSAPP
VOE PICOS
ARMAZÉM PARAIBA
Publicidade
Publicidade
Publicidade
PUBLICIDADE
Relatório da PF entregue ao STF aponta existência de “gabinete do ódio”
Publicado em 11/02/2022 17:16
Brasil

No documento, a delegada resumiu a maneira de atuação do grupo em quatro fases. Na primeira, denominada de eleição, são escolhidos os alvos

 

Em relatório enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF), a Polícia Federal identificou a existência de uma milícia digital que age contra as instituições e a democracia e teria usado a estrutura de um “gabinete do ódio”. A suspeita é que esse grupo atue dentro do Palácio do Planalto, por meio de funcionários comissionados do governo Jair Bolsonaro (PL).

“Identifica-se a atuação de uma estrutura que opera especialmente por meio de um autodenominado ‘gabinete do ódio’: um grupo que produz conteúdos e/ou promove postagens em redes sociais atacando pessoas (alvos) – os ‘espantalhos’ escolhidos – previamente eleitas pelos integrantes da organização, difundindo-as por múltiplos canais de comunicação”, alegou a delegada Denisse Ribeiro, que assina o documento.

No documento, a delegada resumiu a maneira de atuação do grupo em quatro fases. Na primeira, denominada de eleição, são escolhidos os alvos. Na segunda, a preparação, são definidas as tarefas dos membros dos grupos e definidos os canais em que as mensagens serão difundidas.

A terceira, o ataque, consiste “nas diversas postagens com conteúdo ofensivo, inverídico e/ou deturpado, formulado por várias fontes, por diversos canais e intensificado pela transmissão/retransmissão a integrantes do grupo que possuem muitos seguidores/apoiadores nas redes sociais, potencializando a difusão da notícia”.

Por fim conforme o relatório, há a reverberação, que é a “multiplicação cruzada das postagens por novas retransmissões, complementadas ou não com novos elementos agregados, inclusive realizada por autoridades públicas e/ou pelos meios de comunicação tradicionais”.

Denisse Ribeiro também é a responsável por conduzir o inquérito das “fake news” sobre as urnas eletrônicas, que tem como alvo o presidente Bolsonaro e aliados dele. No relatório anexado investigação das milícias, ela afirmou a suposta organização criminosa atua com objetivo de alcançar ganhos político-partidários, financeiros e ideológicos.

A PF considera ainda que, diante das informações obtidas até agora, é possível identificar a estrutura montada e sua atuação orquestrada, com semelhança no modo de agir em ambos os inquéritos, mas reforça que é necessário realizar novas apurações.

“Há, da mesma forma, lacunas que precisam ser preenchidas, indicadoras da necessidade de realização de novas diligências voltadas à individualização dos fatos praticados, com indicação de autores e partícipes”, completou a delegada.

Procurado, o Palácio do Planalto ainda não se manifestou sobre as conclusões do relatório da PF.

A atuação da suposta milícia digital foi detectada pela Polícia Federal. Quando autorizou a abertura do inquérito, o ministro do STF, Alexandre de Moraes, já havia afirmado que “a análise dos fortes indícios e significativas provas apresentadas pela investigação realizada pela Polícia Federal aponta a existência de uma verdadeira organização criminosa, de forte atuação digital”.

Recentemente, Moraes prorrogou o inquérito das milícias digitais por mais 90 dias, e autorizou o compartilhamento de informações com a apuração de um suposto vazamento de documentos sigilosos de uma investigação envolvendo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Fonte: CNN Brasil

Comentários