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Democracia, povos e planeta: ativistas marcham no Fórum Social Mundial
Brasil
Publicado em 26/01/2023

O encontro em Porto Alegre termina sábado

No abre alas uma pequena bateria de escola de samba, e fechando o cortejo o grupo Maracatu Truvão com "u" mesmo. No meio dos dois batuques ativistas, sindicalistas, estudantes, trabalhadores, de todas as cores e idades. Com muitas faixas e bandeiras. Assim foi a marcha Democracia, Direitos dos Povos e do Planeta. Tradicional evento do Fórum Social Mundial que acontece até sábado em Porto Alegre.

Mas por que marchar? As respostas são tão diversas quanto as pessoas que participam do fórum. Como Kátia Marko, diretora do Sindicato dos jornalistas do Rio Grande do Sul: " Porque como diz Einstein, tem que estar sempre em movimento. É preciso estar em movimento e nós temos muito a reconstruir no Brasil."

A líder indígena, Kantê Kaingang destacou que marchar mostra a todo povo brasileiro que estamos juntos, com o apoio do nosso presidente Lula e da nossa ministra que é indígena.

O militante da organização LGBTQIA+ Nuances, Célio Golim: "Eu acho que a marcha é uma forma de ocupar o espaço da cidade, que a cidade é a representação da democracia, é o lugar público, é o lugar onde as pessoas se expressam, é onde tudo acontece ou praticamente tudo e é o lugar de troca. Então eu acho que caminhar na cidade no meio dos prédios, nas ruas, tendo contato com a população de forma geral, com os trabalhadores, as trabalhadoras, é uma forma de fazer política que sempre teve. Sempre fez parte da nossa, da nossa história.  Principalmente da esquerda.

A ativista da saúde mental feminista, negra, periférica e do hip hop, Solange Gonçalves Luciano:. "É, marchar é importante porque não tem como a gente ficar parada. Até nessa situação tudo, Por exemplo, o país é movido a base de política, pra gente conseguir respirar melhor, ter o nosso Brasil de volta, a gente teve que marchar. Mas claro, com cautela, sem fazer baderna. E marchando a gente consegue avançar sim e mostrar as coisas boas e positivas que são possíveis realizar no nosso Brasil.

O serigrafista, Marcelo Roncato, que atua em movimentos contra a privatização dos parques públicos, a agroecologia e o camponês. "É lembrar para não esquecer. É dançar para não dançar. Então marchar para a gente não marchar também."

No curto trajeto entre o Largo Glênio Peres e a Assembleia Legislativa a marcha parou algumas vezes para gritar sem anístia. Em referência aos crimes atribuídos ao ex-presidente Bolsonaro e aos vândalos que fizeram o ataque golpista as sedes dos Três Poderes, em Brasília, no dia 8 de janeiro.

O Fórum Social Mundial foi criado em 2001, em Porto Alegre, para se contrapor ao Fórum Econômico Mundial que ocorre anualmente em Davos na Suíça. A ideia é debater pautas sociais de inclusão diversidade e sustentabilidade

. A programação completa está disponível no site do evento. Muitas atividades estão acontecendo online ou com transmissão ao vivo.

Edição: Beatriz Arcoverde

 

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