Fotos: Divulgação/PF
A Polícia Federal deflagrou nesta sexta-feira (10) a operação Bórgias com objetivo de desarticular uma organização, instalada no município de Codó (MA), especializada em fraudes contra a Previdência Social. O grupo criminoso causou um prejuízo de mais de R$ 2 milhões aos cofres públicos.
Ao todo estão sendo cumpridos quatro mandados de prisão e oito de busca e apreensão em Teresina e em Codó (MA).
No decorrer da investigação, foram identificados 77 benefícios atrelados à organização criminosa, dos quais foi confirmada fraude em 32. Destes, eram oito benefícios de pessoas fictícias e 24 pertencentes a segurados falecidos.
As fraudes ocorrem em sistemas do INSS, através da inserção de documentos falsos, alteração de dados e locais de pagamento de beneficiários falecidos (saque pós-óbito), fictícios e vivos, valendo-se de diversos idosos falsários para consecução dos crimes.
Para os 32 benefícios com fraude comprovada, constatou-se que o prejuízo efetivo no valor de R$ 2.056.337,22. Estima-se que, com a posterior revisão administrativa dos benefícios por parte do INSS e cessação dos pagamentos, haverá uma economia aos cofres públicos no montante de R$ 1.739.805,26.
Ainda segundo a PF, o grupo criminoso é, supostamente, responsável por uma série de flagrantes no Estado do Piauí que acontecem, pelo menos, desde 2020.
Os investigados poderão responder pelos crimes de organização criminosa, estelionato majorado, falsidade ideológica , uso de documento falso, apropriação de bens de pessoas idosas e lavagem de bens e valores.
O nome Bórgias, que tem origem numa família italiana renascentista marcada por crimes, guarda relação com os fatos apurados visto que os principais investigados são membros de uma mesma família especializada em cometer crimes contra a Previdência Social reiteradamente.
Natanael Souza (Com informações da PF)
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